quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

#226 Irreal

Sim, sou assim.
Consigo sorrir com uma dor enorme.
Não me torno anti-tudo
Dou-me e entrego-me
Com um amor que não conheço
Com um sonho que desconheço
A dor preenche-me
Porque não a demonstro?
Vivo-a na minha solidão
Vivo-a eu somente
Quando sei que é incorrecto
Quando torna o mundo injusto
Nunca quis que tivessem pena
Pena é de fracos
Pena é de parvos
Pena é ridícula
Sim, olho para o mundo com outros olhos
Toco a realidade irreal
A minha bolha de sabão
A minha redoma que ninguém entende
Onde tu és uma farsa
Onde nada é merecido
Por ser o que não é.

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