quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

#207 Seguir...

Não, não estou a fugir. Estou a resguardar-me da selva que este mundo real que engloba o meu consegue ser. Não, não estou a ser cobarde. Quero apenas ter a coragem suficiente para deixar-me estar no ringue e não querer tomar a vontade de sair dele o mais rapidamente possível. Não, não estou iludida. Sei como é este campo e conheço esta grama assim como qualquer outro jogador. Não, não vivo num conto de fadas. Vivo a minha peça de teatro onde eu mesma sou a única protagonista. Não, não estou a ser egoísta. Se o estivesse a ser nenhum de vocês faria parte do meu mundo e acabaria eu sozinha mais a solidão que tanto me assusta. Não, não sou o que querem ver. Sou aquilo que poucos sabem ler no meu rosto, nas linhas do coração e sentem no 6º sentido. Não, não luto com força. Não serei judoca, os meus passos são suaves e corro em círculos dançantes. Não, não sorriu sem motivos. Viver deveria ser sempre o primordial de qualquer um mas essa história não convence mais e todos sabem que não faz sentido a partir do momento em que uma lágrima cai de desilusão. Não, não há espaço para coisas falsas. Coisas que não tem cor nem sabor e o seu cheiro é enjoativo ao meu nariz. Não, não se sente paciência. Embora prevaleça a calma e a tolerância. Não, não esqueci. Apenas não tenho lugar para este rancor.

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