#311 Alguém

Tudo se limita ao foco que devo ter
Deveres e deveres
Sigo a vida no limiar que me é permitido
Sonhos percorrem a alma
Não passam disso porque não podem
Viro-lhe costas
Reflicto no que posso ser
No que me permito ser

#310 A tua presença

Sinto a tua presença neste espaço tocável, sinto a tua imagem constante e o barulho do teu riso. Olho o relógio e sei que se aproxima, que te aproximas, que aproximas a tua alma da minha. As batidas cardíacas aumentam e a minha mente luta para as acalmar. Corres em mim e eu gostava que não fosse assim. Muitas vezes me perguntei porquê, muitas vezes me massacrei para entender e não consigo. Desisti de entender, agora sinto, sinto, sinto muito e apenas sinto. É o segredo que escondo e que esconderei para sempre se me deixarem. E chegas, suave, chegas... A tua presença física. Acto que me delicia e onde tenho que respirar fundo tanto o suficiente para não dar sinais. Sinais traiçoeiros, observo os sinais dos outros por isso tenho que ter cuidado para os meus não me denunciarem a ninguém, principalmente a ti. Vejo na tua cara, a tua noite e a tua manhã. Ouço na tua voz a alma livre que não se solta facilmente. Toco na tua pele que me transmite mil choques. Minha insanidade, nunca saberás o tanto que és e o tanto que a tua presença me dá. Meu segredo, só quero que te mantenhas feliz e sejas sempre no meio da rotina que escolhes-te. Minha dose de loucura, só quero que mantenhas o sorriso que me conquistou e a capa forte que me arrebata.

#309 Insanidade

Insano e inútil
Revigorante e inocente
Sim, escondido
Segredo secreto
Levo dentro e leve
Emoção sentida e paixão tocada
Tatuagem já feita
Tatuagem já assumida no meu interior
Corres nas minhas veias
Seguirei
Não sei que caminho vou fazer
Sei que irás comigo
Insanidade do meu coração
Inutilidade real
Revigora a minha alma
Inocentemente sentida

#308 Dias

Todos os dias
Seguimos assim
Tão juntos mas tão afastados
Como tem de ser
Como deve ser
Tremor continuo
Inquietude na pele
Respiro fundo
Stress constante para não querer
Pressão dura para não ceder
Para não detectares
Para não sentires
As pulsações
Malditas fofoqueiras
Denunciam-me ao mundo
Aos astros
Só eles sabem e assim será
O que levo em mim
O que escondo dos teus olhos
Não há outra forma
De viver
Todos os dias