quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

#276 Só sei viver com amor

Desculpa, só sei viver com amor. Coloco amor em tudo o que faço. Tirei este curso porque amo números, estou neste trabalho porque lutei para encontrar uma actividade para amar. Os meus amigos são essenciais porque amo cada pedaço daquelas pessoas que provaram amor por mim. Cada paixão que tive, apenas aquelas que se transformam em amor ficam para sempre no meu coração mesmo quando delas toco na dor. É amor, é uma forma de vida. E não sei ser diferente. Porque é que achas que a minha música preferida coincide com o meu lema de vida e com a minha tatuagem? Where is the love [?] Fala de mim. Fala do meu mundo. Sei que tantas vezes me dizes que o mundo real não foi feito para amar. Confesso que toco a ingenuidade nesse aspecto. Um dos muitos defeitos que aceito em mim com amor pela pessoa que sou. Não sou convencida, tão pouco egoísta e muito menos imprudente. Gosto de amar e ser amada. Gosto de colocar amor em tudo o que faço para oferecer sorrisos ou lágrimas sinceros. Desculpa, mas vivo de amores.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

#275 Um dia

Um dia canso-me e deixo de sofrer por ti. Acabo com este silêncio e vou deixar-te sentir o que me dás sem eu pedir. Vou gozar contigo, abusar o pecado e tocar a liberdade. E sei perfeitamente que irei gostar tanto dessa liberdade mesmo que ela me leve aos perigos e limites da compaixão. Também sei que será fácil viciar-me nela e por uma vez na vida agir sem sentimentos. Um dia irei decidir partir e não haverá espaço para olhar para trás. O mood que hoje me arrebata por dentro será o mesmo que um dia sentirás. Irei mudar e não terei mais oportunidades para revelar-te. Hoje é o dia...

domingo, 22 de fevereiro de 2015

#274 O mundo não te tratou bem

Passaram-se tantos anos desde a última vez que te tinha visto. Nesse dia, que agora recordo, temi o pior para nós os dois. Era tão certo que a tua vida não ia encontrar mais a minha. Sabia o teu sorriso de cor, tanto quanto conhecias os meus olhos e por isso mesmo tornámos a relação intocável. Amei-te tanto, quanto me fizeste sofrer. Não chegaste a ler a carta que te escrevi por não ter tido coragem para dar-te, como tinha planeado durante a nossa última conversa. Foste o homem que mais admirei. Do ódio, ao amor. Da liberdade, à influência. Tornámos-nos incompatíveis mas hoje em dia não consigo deixar de pensar em mim e em ti ao mesmo tempo. Muita gente na altura disse-me que ia esquecer-te sem querer recordar-te. O que hoje acho: é que quem dizia isso, mentia. Ou então nunca amou. Naquele dia fizeste-me crer que era tudo ilusão minha. Naquele dia arrebataste-me o coração mas não do modo doce como o fazias, para deixares uma ferida que me fez tomar uma das maiores e mais difíceis decisões da minha vida. Naquele último dia olhei para ti em raio-x, de modo a guardar-te por fim no meu coração e fechar o cofre onde ias ficar eternamente. Quis pensar que as asas que me pedias iam levar-te por caminhos melhores do que aqueles que te podia dar na altura, afinal de contas dizias que não chegava para ti. Mas o meu coração sentia algo bem diferente. Sentiu e acertou, que eu estava perdida no mundo e que ia ficar assim por muito tempo. Sozinha entre o desamor que rasgou-me a pele e criou as feridas que demoraram 3 anos a curar. Foram feridas que mataram-me aos poucos e deixei de viver. Não imaginas quanto doeu. Mas não te culpo. Hoje, já não. O melhor disto, é que aprendi a renascer. Obriguei-me a reagir e acordar os meus sonhos adormecidos. Gritei basta. E aos poucos recuperei dos maus sentimentos em que tinha ficado. Transformei as feridas em tatuagens e sobrevivi à queda. Aprendi também a conhecer-me e a respeitar-me. Mas o meu coração também sentia o teu lado. E alertou-me que embora quisesses viver o teu auge, isso não ia acabar bem. Se eu ficasse perdida de imediato, tu também irias ficar mais ainda embora não fosse logo a seguir. Ontem comprovei isso. Foi um choque encontrar-te. Estás num estado, que eu nunca quis pensar. O cabelo comprido, a barba desleixada, o corpo esquelético, a roupa desadequada, o olhar e o sorriso apagados. Não esperava. Não tive tempo para reagir quando olhas-te para mim. Segui em frente sem palavras que pudessem ser dirigidas. E a criança... Nem com um ano... Aprendi a viver sem ti, quando já era quase impossível. Reorganizei os meus sentimentos e embora tenha objectivos há mais de 5 anos onde tu nem sequer estás, quero-te bem. Quero-te mesmo muito bem. Porque o amor, já não tem volta mas também não guardo nenhum mau sentimento de ti. Não consigo deixar de ter pena de ti. Foste o homem que mais amei na minha vida. Gostava que alguém te ensinasse a sorrir de novo, como fizeram comigo. Demorei mas consegui e tu? Com toda a pressa, jogaste-te por becos sem saída... Foram escolhas... Quem poderia adivinhar?.

#273 O que se passa?

Às vezes sinto que tens medo de mim
Ou caso contrário arriscarias mais
Às vezes penso que não chego para ti
Ou caso contrário seria menos insegura
Ontem desisti de ti
Hoje desistes de mim
Corro para te alcançar
Dizes que corro para fugir
Escapas como uma nova impossibilidade
Tão certo e indiferente
Tão livre e destemido
Por entre pressões e intenções
Não gostava que desistisses de mim
Não queria desistir de ti
Mas há algo que nos quebra
Existe um obstáculo que não entendo
Que não descubro e assim continuo
Sem compreender
O que se passará a seguir...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

#272 Eu, tu e a dança

Hoje vou dançar, para lembrar-me de ti. Tive saudades tuas. Não daquelas saudades de amor mas as saudades de ser tão inteiramente compreendida. Hoje vou dançar e sorrir para o ar. Recordar por entre a multidão o teu corpo em movimento. Esquecer-me dos restante e ficar mergulhada no sentimento. Sempre fui eu mesma ao pé de ti. Sempre me deixas-te viver a minha medida e a nossa simplicidade. Tocas-te no tão profundo e escondido mundo que não revelo a ninguém. Apesar de o nosso amor já ter ficado perdido há alguns tempos atrás, eu ainda sinto a falta da tua personalidade em mim e na minha vida. Não por paixão, não pelo desamor mas pela dança.

#271 Há coisas que prefiro não saber

Às vezes há coisas que eu preferia não saber, preferia que não me dissessem, que afastassem de mim e que não revelassem tão rispidamente. Porque magoa-me e inutilmente transformam-se em caminhos vazios onde olho para trás e distorcem aquilo que senti e que vivi como se fossem uma ilusão. Um desamor que não controlo. Que não sei classificar. Prefiro ficar assim. Sem saber... *

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

#270 Brilho por ti mesmo na mágoa

Sou eu? É a vida? É uma linha pré-estabelecida? Mais uma vez, tivemos de ceder à distância. O que fazer quando ela é mais forte do que nós mesmos? Não sei se sofrer longe pela desconfiança é pior que sofrer longe com a perda. Mas se foi uma decisão minha, se tinha de ser assim para não teres uma escolha injusta, porque tenho eu de arrastar-te por onde quer que vá? Agarras o meu corpo como uma tatuagem para a vida. Quando te vejo, vibra em mim cada órgão vital. Mesmo passados três anos, o teu olhar ainda é um porto-de-abrigo. Simplesmente, acho que vês-me sem medos e com aceitação. Compreendes o que tive de fazer, dizes não desistir de nós. Mas não quero promessas, apenas a certeza que fui e sou especial para ti e que brilho aos teus olhos quando mais ninguém está interessado em ver-me brilhar.

#269 Escolhas escondidas

Se há uma coisa que sinto faltar-me
Quando tanto ficou por dizer
As palavras não são suficientes
E os textos não saem com inspiração
A dor tornou-se uma rotina
Cria laços com o medo
Prevalece a ingenuidade e a ilusão
Esperança, sei que a tenho
Não sei onde se esconde
Perdi-te e gostava de dizer que perdeste-me
Mentiria, ou talvez não
Se nem eu sei
Se nem os outros sabem
Como irias tu saber?
Não existe um raciocínio assertivo
Não existe um caminho por onde ir
Não me deixam decidir
Talvez porque não hajam escolhas...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

#268 Não há um mundo perfeito

O mundo não percebe
Falta humildade
Falta raciocínio
Falta compaixão

O mundo desgasta-se
Perfecionismos
Superioridades
Descontrolo

O mundo pensa
Existir razões
Existir pontos intocáveis
Existir perfeição

Ò Mundo Imperfeito
Existe mais além do que não queres ver
Não há géneros ou mecânismos
Estás a perder-te em desamor

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

#267 Ponto final

As pessoas tornam-se ridículas. Recusam-se a compreender o que parece intangível ao olhar crítico das regras que limitam-lhes os círculos viciosos em que vivem. Tornam-se feias e desrespeitosas. Perguntam-me constantemente:
'Mas como é que consegues aceitar?'
'Também és assim?'
'Como é que ainda te dás com essa gente?'
Não imaginam as feridas que causam com este tipo de comentários. Magoam-me. Nem quero saber se a intenção é mesmo essa... Conseguem fazer da vida um drama sintético. Perdoem-me mas não sou como vocês e não consigo viver as vossas maneiras de sentir. Achavam que ia virar-lhe as costas como a grande maioria das pessoas fez? Afastava-me dela como se de uma doença contagiosa se tratasse? Criticava-a por não gostar do mesmo que eu? Julgava-a como se fosse um crime? É apenas homossexualidade. E tal como ela me respeita, eu respeito-a. E tal como ela aceita-me assim tal e qual como sou, eu aceito-a também. Nunca mudaria a minha maneira de lidar com ela. É a minha melhor amiga há 10 anos. Eu assisti há revolta inicial quando ela se apercebeu que era "diferente" aos olhos dos outros, aos namoros heteros falhados, a uma luta injusta entre o que ela é e o que a sociedade quer que seja, a rejeição da família, a expulsão de casa, aos sonhos de menina, aos desamores, ao primeiro grande amor e acima de tudo a vê-la libertar a alegria escondida. Lembro-me quando ela me confidenciou o que se passava, a minha primeira reacção foi perguntar-lhe 'És feliz?'. A resposta positiva bastou-me para saber que fosse como fosse eu estaria sempre do lado dela. E assim é, porque podemos ter estilos de vida diferentes mas os nossos sentimentos são iguais.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

#266 Quero sentir-me errada

Se me afastei porque achava que já não tinha sentimentos para compartilhar, agora invadiu-me mais do que um toque de saudade... É necessidade de voltar.

O que te tornou assim? Não é por aquilo que dizes, é por palavras que omites, é por sentimentos que escondes, é por opiniões não dadas e por o ridículo 'deixa-andar'. Não mostras o que és de verdade, apenas sinto que sei de ti tão pouco quando devia saber muito. (Isso assusta-me!) Quero enganar-me nesta duvida que acompanha os meus dias. Às vezes chego a achar que nada é como um dia esperaste. Sou a tua ovelha negra? Pedra no sapato? Tens vergonha de mim, não é? Dói, dói, dói, dói, dói,... Queria que me mostrasses que estou errada, mas não o fazes. Posso não ser como idealizaste um dia, mas sou feliz e pensei toda a vida que era isso que esperavas e que bastava, não chegou! Diz-me que estou errada... Por favor!!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

#265 Invasão

Perdida
Sem saber
Sem imaginar
Para onde me dirigir?
Quando tudo se distancia
Não alcanço por mais que corra
Fico sem fôlego
Não há flores
Não há estrelas
Não há mar
Não há abrigo
Preciso de uma concha
Ou um refugio
Ao som das ondas
O medo que não liberta o meu corpo
O pensamento como inimigo
Temo
Temo a vida
E afasto-me
Outra vez...

#264 Impiedade

Porque fazes isto? Desta maneira, a mais impiedosa de todas... Tocas o meu coração e foges para outro lado, ele procura-te mas quando te encontra entristece. É não saber lidar com isto. É ter de enfrentar-te todos os dias com a minha ferida já tão dorida. Assim nunca vai sarar, abre cada dia mais e sei que não tenho alternativa senão aguentá-la. Custa-me tanto pensar em ti. Lutar é palavra perdida que nem sequer tem lugar no meu dicionário mental. Mais uma vez subestimo-me e mantenho quieta. Tenho em mente que um problema é apenas um obstáculo, dois é porque não está escrito no destino. Vou manter o silêncio do meu coração, sofrer interiormente, olhar para os ponteiros do relógio do tempo e vou seguir os conselhos da gente: tentar esquecer-te com a mesma velocidade que te recordo. Porque tudo aquilo que estás a fazer pode ser uma escapatória ou um erro. Eu prefiro não me prender em ti numa fugaz história e muito menos quero fazer parte dum erro na tua vida. A dor que sinto, nunca a saberás.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

#263 Fico comigo

Apenas afasto-me
Vou respirar o meu ar
Guardar toda e cada imagem
Bem dentro do meu coração
Num gesto de protecção
Para suportar a dor
Vou arrumar a paixão
Encaixá-la num labirinto
Onde só eu a encontre
Seja só minha
Numa atitude de egoísmo
Só para mim
Porque a desilusão nestes termos
Deixou de fazer sentido
Bater com a cabeça
Torna-se inevitável
Não recordar
Mas é mais fácil esconder
A perdição não irá prender-me
Não quero a desilusão
Que a verdade entrega nos meus braços
Prefiro não saber
Não vou enfrentá-la
A dor da decepção vai ferir-me muito mais
Ando um passo atrás
Vejo o que quero
Ao saber o que não queria
Fico comigo
Fica em mim
Simplesmente!

#262 Serena

Uma ponta
Um pedaço
De um sonho
Que quero
Que atingir era irreal
Na certeza fugaz
Na insegurança típica
Sem o medo comum
Sinto-me bem
Feliz, talvez...
Sim, sinto-me útil
Fracassada
Estúpida
Mas serena
Numa paz
Que mima o coração sofrido
Uma ponta de nada
Um pedaço de tudo!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

#261 Equivocos

A quem finges
Pobre moça
A quem tentas enganar
Se não a ti mesma
O que és
Já não sabes
O que sentes
É uma incógnita
Sabes a verdade
Não a querias sentir
Ela absorve-te
E já estás no fundo
Pelo melhor
Sempre estiveste
Ao resguardares-te da vida
Ao admitires o que não és
Pobres mentiras
Entraram e ficaram
Como verdades inteiras
Nada mais que um complexo
Nada mais do que medos
Nada mais do que fugas
Ou refugios
Quem sabe
Reflete
E refletir não é pensar
Avança
Na tua serenidade
Na nova verdade

#260 Histórias

Por muito que precise de afastar-me
Volto
Venho procurar uma foto
Perco-me entre recordações
Banhada em textos
Que não são mais do que eu
Uma caracterização
Do que hoje sou
E regresso
Porque falta-me um pedaço
Não de mim
Mas da minha vida
Pedaços que só aqui encontro
Por maus que sejam
Tornam-se bons
São experiências
São aprendizagens
São as minhas histórias

#259 Esperança V

O que neste momento me assusta é pensar que um dia tudo poderá voltar ao mesmo, voltarei a sentir alguma mágoa por me apaixonar tanto ou mais do que antes. Um dia uma professora de português fez questão de me dizer que o meu nome significa isso mesmo, que "caracteriza uma pessoa que não muda o carácter e quando se deixa influenciar, por raro que seja, volta sempre ao ponto de partida''. Tento contornar as malícias da vida, desmedidas vezes até, olhar para o céu e buscar a estrela que me ajudará a levantar e erguer-me. Tento dizer que sim, fingir. Mas não sou boa actriz. Aceitei jogar este jogo porque me faz sentir plena, porque gosto e porque me faz feliz... Mas há alguma coisa que me prende e me faz reflectir na jogada mais aliciante... Chego à conclusão que não é o amor que me mete medo mas a paixão. E isso eu não sei explicar se tem razão ou motivo, sei que temo como uma criança teme uma divisória escura. Paro para pensar, como de costume! Paro e reflicto... E sigo, quando a luz se acende como uma criança até se sentir segura!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

#258 Esperança IV

Em ti perdi-me
Sem pensar
Prendeste-me
Sem aperceber-me
Agarraste-me
Não sei reagir
Vivo livre
Contigo em mim
Depois de tanto tempo
Depois de tanta ausência
Depois de tanta dor
Ou (des)ilusão
Glamour
Fervor
Espanto
Ainda não me sinto em mim
Desconheço-me
Reconheço-me
Perco-me
Encontras-me
Talvez
Eu sei que falta muito
Não sou a melhor namorada
Por tudo o que vivi
Por tudo o que aprendi
Eu sei que te irrito
Tenho problemas de expressão
Por todos os medos
Por todo o amor que sinto
Por ti...

#257 Esperanza III

Sabes de memoria las más pequeñas cosas que hacen grandes todos los nuestros sueños. Tomás gestos como si fueron solo tuyos, los introduces en mi corazón para tatuaje sin mi permiso. Sabes que quiero todo marcado para siempre y cómo valoro los momentos más insignificantes, las fotos improvisadas, las canciones de la moda, los colores de la temporada y la danza que se mueve entre la lluvia. Busco una brisa que trae tu gusto, me siento en la arena ... Espero hasta encontrar! Sí, encontro en el medio del olor de las olas. Frase. Una sonrisa. Es mágico. Eres mágico. Me haces muy pequeña. La distancia nos ha hecho más fuertes, más adultos, más soñadores, más intolerantes. Debido a que nuestro amor tiene su idioma y nunca dejamos que eso se fuera a terminar,habla castellano aqui y por todos los lugares que compartimos juntos. Así es como vamos creciendo, así es como él creció. Todo vale. Más que las estrellas!

#256 Esperança II

Porque atirar-me de cabeça, sem pensar no que se seguiria, revelou-se melhor do que o esperado. Os rumos que tomei já planeados, desiludiram-me... As expectativas eram insuportáveis, ridiculamente viravam pressões ou prisões das quais não sabia sair.

#255 Esperança I

Tanto sonhei com um vampiro, quando lia a saga que me corta a respiração. Talvez não fosse um vampiro, mas a simplicidade e magia que me batesse forte no coração. Uma história de amor sem igual: para recordar ou ser recordada, para ser eterna ou eternizada, para ser um sonho ou sonhada, para ser fantástica ou fantasiada por outros tantos. Eu sei que já tive esses sentimentos, histórias que arrebataram-me por completo. Mas ainda quero voltar a sentir tudo de novo. Louca, é o que me chamam! Por continuar a querer histórias que me fazem sofrer, mas o que parecem esquecer foi o quanto também me fizeram sorrir e cantar de alegria. Acreditar na vida, nos sonhos , no amor e em mim mesma. A esperança foi embora há tanto tempo que cheguei a rejeitá-la mas o certo é que sinto saudades de a ter em mim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

#254 Apenas falar

Falar
Sim...
Dizer
Não me apetece!
Textos sem sentido
Sem razão
Sem porquês
Conversas da treta
Estupidos sorrisos
Nada de assuntos
Daqueles que provocam o coração
Prendem lágrimas
Escondem carinhos
Apenas palavras
Insignificantes
E que mudam o nosso humor
Parvoices puras
Inocência
Irresponsáveis
Traquinas
Dizer
Chateia-me
Aborrece-me
Hoje, não quero
Não sinto paciência
Falar por falar

#253 Recordar-te

Pensar em ti ainda consegue provocar-me turbilhões. Indecisões. Lições de Vida. Palavras. Falar de ti é bom. Sonhar contigo é mau. Fugir é uma escapatória. Recordar-te é uma maneira de não te deixar adormecer em mim. Ao contrário do que por vezes dizem, não admito a hipótese de te esquecer um dia, recordar-te não é sinal que estou a apagar-te da minha vida. Porque se isso tivesse de ser, já tinha acontecido há muito tempo. Não se sucedeu porque não tem probabilidade de ser verdade. Recordar-te é manter-me viva, acreditar que valeu a pena...!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

#252 Engano

Já perdoei traição
Já perdoei falsidades
Já perdoei ódio
Já perdoei egoísmo
Já perdoei inimizades
Já perdoei conflitos
Já perdoei desamor
Já perdoei desilusão
Já perdoei ameaças
Já perdoei intimidações
Já perdoei rancor
Já perdoei mágoa
Já perdoei dor
Já perdoei brigas
Já perdoei sensatez
Já perdoei intolerância
Já perdoei injustiças
Já perdoei ciume
Já perdoei desprezo
Já perdoei intrigas
Já perdoei impaciência
Já perdoei palavras
Já perdoei jogos
Engano
Já tentei
Já lutei
Ultrapassa os sentidos
Os meus sentidos
Perdoá-lo ainda não sei.

#251 Invejosa

Juro que não percebo o tremendo mau estar que sinto quando me olhas. Alguém, algum dia, contou-te um ditado popular que diz que "a inveja mata"? Não, não estou preocupada comigo mas com a tua saúde mental. Será normal? Aceito a inveja boa, a inveja que não faz mal e que serve como brincadeira entre amigos. Mas a inveja que desdém, que faz odiar ou mesmo revoltar-se contra a outra parte é absurda. É ridícula. Não me dou com o tipo de pessoas que tem de ter tudo o que os outros têm, fazem-se de vitimas aos olhos do mundo, passam o tempo a lamentar-se, acham que não precisam de ninguém, dizem mal de um fim que eles próprios, se conseguissem, atingiriam. Não tens de me criticar, não tens de envenenar o meu caminho, não tens de sentir-te inferior, não precisas de olhar-me com esse olhos maldosos. As vezes, nos meus momentos de paranóia, acho que estar ao pé de ti faz-me mal. Destino, ou não, nasceste no dia das bruxas. És escorpião e o meu signo não se dá com o teu. És o sinal real que temos familiares que merecem muito menos do que alguns amigos que nos pertencem. Somos de gerações diferentes, não tenho culpa do que sou nem do que vivo. Chamam-se caminhos da vida e todos os humanos têm um diferente. Nada é igual! Tudo difere... Para quê essa picardia? Absurda!!!

sábado, 7 de fevereiro de 2015

#250 Vou ficar

[ - Tive muitas saudades tuas, já não te via há tanto tempo (uma semana também não parece muito, mas é!!!). Eu nunca pensei, e logo eu, que fosse gostar tanto de uma madrinha. Gosto mesmo muito de ti.
- ='| ]

Depois de respirar lá do alto da montanha com a cidade a meus pés, de mergulhar em Janeiro no mar mediterrâneo gelado e incrivelmente bom, de andar descalça na areia e na relva pura, de cantar no meio da rua numa língua que para 99% das pessoas que se cruzavam comigo era desconhecida, de dançar até as 6h da manhã e ver o nascer do sol, de sentir a brisa suave e fria enquanto caminhava para um sem destino qualquer onde eu sabia onde iria dar e de fazer-me esquecer os motivos da viagem... Apercebi-me que posso ainda não saber onde é o meu abrigo, o meu lugar e a minha casa... Mas sei onde pertenço a cada dia mais e as razões que me prendem aqui. Razões que me levam o coração, sem porquês... Razões que doem, não magoam... Razões que crescem do interior para fora... E tudo o resto é material!

#249 Gosto de vocês

É sempre assim
Ou foi sempre assim
E precise agora de reflectir
Mais do que muito
Mais do que esperava
Respirar o meu ar
Ver as minhas pessoas
E quem sabe novas
Tantas novas que por lá rondam
Em busca do nada
Como eu, talvez...
E encontram o tudo...
Ou mesmo que não seja tudo
Cobre nos uma energia inexplicável
A mente
A minha mente sobre a matéria
A força que crio
Para sobreviver a esta rispida selva
Vou sem nada
Voltarei comigo mesma
E quero que isso me baste...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Amo-te

Não consigo parar de pensar em ti, não era de todo como eu tinha imaginado passar este dia. Está muito longe do que queríamos, muito longe do que nos faz feliz, muito longe da tranquilidade e muito longe dos sonhos. Já não há nuvens onde pousar os nossos pés para saltitar e pular. Já não há justiça e muito menos piedade. Sei que não gostas que diga isto mas aquele lá de cima prova-me a cada dia que não passa de um mito, já não controla o bem e o mal, já não coloca as pessoas não inocentes a pagar pelos seus actos. Quando conseguimos ultrapassar fronteiras, largar regras e etiquetas, entender os nossos pontos de vista e sorrirmos com vontade... O mundo abateu sobre nós e mais uma vez estamos entre a espada e a parede. Eu num conflito de emoções, ao qual não sei reagir. Tu num conflito físico, pelo qual lutas a cada segundo. Quero que os segundos sejam recompensados e que fiques sã e salva. Gosto do teu colo e tenho saudades tuas, mamã!

#248 O meu fantasma

O medo ganha-me batalhas. Sabes, confrontei-me com milhares de incógnitas. Um batalhão de desilusões ou decepções. Ilusões e ingenuidade. Criei barreiras. Não sou de entrar numa relação sem pensar. Penso demais. Receio as relações, os sentimentos e a vida. Apareceste numa péssima altura, não soube gerir-te. Toda a minha vida foi feita a gerir números, chego a relacionamentos e espalho-me na estatística. Muito pelo contrário, gosto muito de conhecer-te melhor, temos gostos em comum, há sempre tema de conversa, fazes-me sentir natural, fazes-me sorrir demais e olhar para ti sem porquê... E fugi! Como sempre, o medo de sofrer mais do que nunca. Fracassar é uma corda bamba. Ao tentar confrontar esta minha atitude, rendo-me. Dei-lhe tamanha importância, sente-se grande perante simples humana e vence-me de novo. Nunca soube expressar-me por palavras ou actos. Talvez, não tivesse que ser. Talvez, haja uma nova oportunidade. Talvez, o meu fantasma adormeça. Talvez...!

#247 Um cumplicidade

A tua amizade é óptima. Faz-me recuperar pedacinhos meus levados pela maré. Este ultimo dia recordou-me de tudo em nós e chegou à conclusão que a nossa cumplicidade é mais do que actos, é mais forte que sentimentos, ela cresceu connosco. Lembras-te onde nos conhecemos? Que pergunta... É lógico que te lembras, tão bem quanto eu! Numa manhã ficamos presas ao que somos. A diferença de idades podia ter sido um problema gigante mas não foi. Tu sempre foste demasiado adulta para me entenderes e eu sempre gostei de rever-me na tua inocência. Contigo podia sorrir sem maldade, podia ser o que quisesse que aceitar-me-ias que qualquer maneira. Sonhávamos juntas, escrevíamos na areia os medos para que o mar os levasse, escondíamos nas rochas para confidenciar segredos, passávamos horas inteiras sem interrupção a mergulhar até os dedos ficarem enrugados, apanhávamos conchas e guardávamos-as nas nossas caixinhas de vidro. Passamos de meninas a adolescentes, de adolescentes a mulheres e sempre mantivemos o respeito por nós mesmas, os nossos amores, os nossos segredos e as nossas vidas. Não esperas que eu diga o que se passa quando algo está mal, dás-me apoio sem te importares com as razões. Não me ajudas com meias palavras ou mensagens que nada dizem, fazes textos porque conheces-me, não pensas só em ti mesma. Não há muita gente como tu... Gosto de admirar-te. Gosto da tua amizade.*

#246 Re's

Estou a pensar em reconstruir-me, incluir uma dose de mim mesma e reconhecer-me, voltar a reagir e ressurgir das cinzas em que me afoguei para talvez esconder-me e quem sabe proteger-me. Consciente que nada sou e que nada serei, apenas quero reencontrar razões para sentir-me. Sentir o mundo que afastei constantemente. Sei como vai ser difícil mas se não tentar nunca vou saber se tenho ainda hipóteses de ser feliz ao meu jeito. Trazer Re's para a minha vida. Renascer, reviver, redescobrir-me e até mesmo recordar e recuperar-me.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

#245 Miragem

Tu já me tinhas feito entender o vazio enorme que a Bella, nos livros, tão bem descreve. A sensação que não somos nada, a não ser meros humanos. A dor do buraco que o amor deixa quando parte sem acabar chega a ser sufocante e congela todos os sentidos. Contudo, eu ainda não sabia entender o outro sentimento que não soube, para já, classificar quanto a ser pior ou melhor. Sei apenas que dói tanto como o outro. Que magoa por tocar nas feridas que pensas que saraste, quando tão somente estão anestesiadas. Aquela tonta frase "Será tudo como se eu nunca tivesse existido", fui tão estúpida ao pensar que isso só se encontrava nos livros. O meu coração percebeu que a cabeça estava errada e que não tem mais nenhuma fuga. Embateu nessa frase assim que o meu olhar viu o teu. Passaram-se 15 meses sem te ver, aniquilava a falta todos os dias. Há 15 meses que não te via e quando isso aconteceu... Foste uma, duas, três miragens entre a multidão. Cheguei a pensar que era tudo fruto da minha frágil imaginação, mas eras humano demais. Seria apenas um ponto inútil da minha memória. És real e toda a falta que eu sentia até agora não era jamais uma ilusão que criei, como tu querias que eu pensasse. Partiste de maneira a que fosse tudo ao teu jeito e tenho que confessar, houve alturas em que parecia mesmo que tu nunca tinhas existido na minha verdade. Achavas mais fácil esquecer-te desta forma. Estava enganada! Mas mesmo assim e tal como o Edward, tu também partiste por amares demais. Partir era a maior prova de amor que tinhas para dar. Eu preferia que tivesses ficado...!

#244 Smile me

E o sorriso que não te larga. Apesar de tantos obstáculos que estes últimos meses revelaram, contrariedades, falta de sorte ou descontrolo. Ainda permanece em ti para segurar-te e tentar aos poucos que te ergas. Assim que aqueles que amas aparecem o teu sorriso é o mais espontâneo que existe, como se de uma criança te tratasses. Não é justo! Queres chorar, gritar e desaparecer mas não consegues. A força deles é maior que tu e o amor a arma de sedução que te atrai. Atinge-te e continuas aqui. Sorriso, que nunca desistes de mim!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

#243 Aquilo que sentes!

Deitaste sobre a inocência que és, a perversão que o teu corpo te dá. Na energia da vida, na tranquilidade da alma. Mas nem sequer a tua alma tranquiliza-te. Relembras a menina que foste. Reconstruis sonhos para a mulher que és.Nada te leva. Tudo te move. Nas perpendiculares tens o caminho, nos círculos a confusão.

#242 Brilha

A tua luz brilha para mim. Eu sinto-a tão plenamente. Ilumina a minha face, aquece-me e deixo de pensar. Mágico? Não, coração... A matéria assalta a mente. O corpo que não faz sentido reage a ti. A cumplicidade do teu sorriso com o meu olhar é inabalável.