segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

#245 Miragem

Tu já me tinhas feito entender o vazio enorme que a Bella, nos livros, tão bem descreve. A sensação que não somos nada, a não ser meros humanos. A dor do buraco que o amor deixa quando parte sem acabar chega a ser sufocante e congela todos os sentidos. Contudo, eu ainda não sabia entender o outro sentimento que não soube, para já, classificar quanto a ser pior ou melhor. Sei apenas que dói tanto como o outro. Que magoa por tocar nas feridas que pensas que saraste, quando tão somente estão anestesiadas. Aquela tonta frase "Será tudo como se eu nunca tivesse existido", fui tão estúpida ao pensar que isso só se encontrava nos livros. O meu coração percebeu que a cabeça estava errada e que não tem mais nenhuma fuga. Embateu nessa frase assim que o meu olhar viu o teu. Passaram-se 15 meses sem te ver, aniquilava a falta todos os dias. Há 15 meses que não te via e quando isso aconteceu... Foste uma, duas, três miragens entre a multidão. Cheguei a pensar que era tudo fruto da minha frágil imaginação, mas eras humano demais. Seria apenas um ponto inútil da minha memória. És real e toda a falta que eu sentia até agora não era jamais uma ilusão que criei, como tu querias que eu pensasse. Partiste de maneira a que fosse tudo ao teu jeito e tenho que confessar, houve alturas em que parecia mesmo que tu nunca tinhas existido na minha verdade. Achavas mais fácil esquecer-te desta forma. Estava enganada! Mas mesmo assim e tal como o Edward, tu também partiste por amares demais. Partir era a maior prova de amor que tinhas para dar. Eu preferia que tivesses ficado...!

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