domingo, 30 de agosto de 2015

#302 Sim, amei-te!

Desilusão, não passa de isso mesmo. Uma ilusão que cai sobre mim, sufocando e anulando-me, em que só eu ainda acreditava. Tentei ultrapassar no momento mas não consegui e estou a afundar-me no nada em que me deixaste e do qual eu não quis sair, esperando-te. Pensava que não era rancorosa e que esta mágoa iria passar com o tempo, hoje percebo que não passou. Se trocas-te o meu coração e trais-te a minha alma, porque é que ainda tenho de sofrer uma última vez por ti? Não está a ser justo. Nunca te esqueci até agora, não consegui entregar-me completamente a mais ninguém, desde então que vivo de momentos rápidos e nada chatos, sofri e deixei de confiar. Eras a minha alma-gémea, o meu único espelho, encaixe perfeito. Mas não me aceitas-te como eu sou e eu não te aceitei como tu és, tinhamos planos distintos e nada os juntou. Desconfias-te. Eu insegura. Tu imaturo. Eu com tantos medos. Perdi-te e tu deixas-te-me. Eu nunca perdoei a falta que me fazes e a telepatia que tinhamos. Hoje sinto que choro muito e de novo inultimente por ti. Casas-te. Casas-te hoje. Tantas fotos bonitas e felizes espalhadas por todos os lados aos quais me viro. Tantas mensagens de felicitação e desejos lindos. E eu amei-te, e eu amo-te. A dor não vai embora. E a ferida que deixas-te, naquele triste dia, está a sangrar. Não cicatrizou e estou no fundo. Sem motivação, sem amor, sem mim mesma, perdida, cansada da vida.