sábado, 31 de janeiro de 2015

#241 Sinto-me

Sinto - me fraca .
Frágil .
Descoordenada .
Desorientada .
Perdida .
Sentida .
Codificada .

Tenho incapacidade .
Timidez .
Sonhos .
Orgulho .
Medo .
Distracção .
Lágrimas .

Falta - me força .
Sinceridade .
Paixão .
Realização .
Amizade .
Alicerces .
Muralhas .

Para me esconder !
Para me libertar !

#240 Saber esperar

Num segundo
Um novo sentido
Um sabor caricato
Um compasso de espera
Ansioso
Que me faz temer
Um novo caminho
Estranho e não desejado
Mas nas minhas condições
Porque nao?
É apenas uma meta
É um desafio
E eu gosto
Tem de se começar por algum lado
É a frase mais ouvida
E a mais sentida
O que quero
Irá ser realizado
Agora acredito
Com força
Com o saber esperar do meu lado
Com vontade e querer

#239 Diferenças

E o pior... É ainda gostar de te ver e sentir-me bem porque estás perto de mim. Mesmo quando o teu olhar não me larga e transmite algum tipo de dor. Dor ou revolta que prefiro não desvendar. Não reagi! Eras a ultima pessoa que esperava encontrar. Aquele lugar como muitas vezes disseste não é do teu género e sim do meu. Nem dançar sabes enquanto eu adoro sentir as melodias a vibrarem no meu corpo. Não tens cultura musical e recusaste tantas vezes lá ir. Fizeste disso brigas, discussões e outras complicações. Agora, mudámos! Estamos diferentes. Eu sei. Tu sentes.

#238 A tristeza que me afundou

Numa tristeza profunda, solta-se uma solidão sem igual. Uma solidão não conhecida. Um desgosto. Uma desilusão. Sem forças. Deixo-me cair no vazio. Toco um fundo escuro, indecifrável... O cansaço que me vence. A atitude que não aparece. Fico assim, rendida! Embalo-me em pensamentos, esqueço-me de mim. Mas quando esta onda de sofrimento começa a tocar no corpo que é meu, atinge o físico adormecido... Tudo tem de ganhar uma nova dimensão, porque atinjo todos os limites do bom senso. Não sei onde vou buscar a calma, a força, a vontade e a coragem. Mas tenho que agarrar todos esses elementos. Tenho medo de me perder para sempre. De estar a perder momentos que deviam ser a base de mim. Sei que me estou a ultrapassar a mim mesma. A minha dor... Ultrapassou-me!

#237 O meu tempo

O tempo permanece ileso
Não se move
Insiste em parar
Não sei reagir
Não sei que atitude tomar
O tempo está a prender-me os movimentos
O tempo está a ser um mau amigo
Não se dá
Não deixa que me dê
Já não aconselha
Já não questiona
Desistiu de mim
Não me quer acompanhar
Ou então chegou o momento
Quando nem sei
Quais são as opções que tenho
Indecifrável
O meu tempo

#236 A vida das desilusões

Por muito que tente não me afundar no mais perigoso e temível vazio , não vejo razões para me afastar dele . É chamativo , brilha para mim e sorri com dentes bonitos . A vida não é aquele conto de fadas que me contavam aos 4 anos , a vida não é aquele calmo mar de brandas ondas que me ensinou a nadar aos 8 anos , a vida não é aquele sonho nem aquela emoção do primeiro namoro aos 12 anos , a vida não é aquela glória dos tempos de adolescência e da magia dos 16 anos que me faziam esperar que os sapos virassem príncipes , a vida não é uma simples mudança de planos como era quando passei os 20 anos ... A vida é um suspiro , é um sem sabor , é uma luta constante , é não sentir-mos protecção e ser-mos obrigados a crescer! É o mundo da etiqueta que combati a toda a hora , dos berços que recusei aparentar , das regras impostas sabe-se lá por quem, das coroas conquistadas e não herdadas , a sobreporem-se a todos os valores que estão ainda no meu coração !

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

#235 Nem um rasto de ti

Ups...
Não, não te tenho mesmo aqui
Não estás em nenhum texto meu
Como fui deixar isso acontecer?
É esquisito
É estranho
O asas da voz estava cheio de ti
Mudei
E não trouxe nem um pouco
De nós
Se é que esse modo se pode aplicar
O que foste e o que fui
A importância mantém-se
A lembrança também
Ou não tivesses sido o meu maior amor
Ou não tivesses sido a maior loucura
Ou não tivesse sonhado
Toda a noite
Acordar com a sensação
Que ainda aqui estavas
Quando há muito que partiste
Quando as feridas estão saradas
Quando as lições foram entranhadas
Quando o querer ver-te
É mera curiosidade
E não um bater forte
Que antes assombrava o meu coração
Porque me invadis-te agora?

#234 O mundo é pequeno

O mundo é verdadeiramente pequeno , um lugar em que não se pode confiar e incerto ... Não entendo que esquema é este , que te põe tanto no meu caminho . Antes deu-nos cruzamentos , entroncamentos , rotundas com sete saídas , stop's e triângulos mal conseguidos para que escolhêssemos vias diferentes e víssemos que os nossos mundos não se tocariam fosse qual fosse a estrada seguida . E agora ? Põe-te em cada esquina da vida . Quando te esperava , não vieste . Quando parti , não decidiste vir atrás nem tão pouco pedir para ficar . Quando voltei , já haviam tantas coisas por dizer . Agora , que não dá para voltar , encontro-te no caminho . Mais do que pensava , mais do que devia .

#233 Aprecia-te

Sentes?? Não...?
Ouve . . .
I gotta feelin'
That tonight's gonna be a good night
Não é mágico?
Não te dá um aperto no coração
Uma súbita vontade
Um ritmo
Dançar é o verbo
Ele chama-te
Agarra-o
Aprecia-o
Aprecia-te
Mesmo se ninguém mais
O fizer
Olha-te ao espelho
Diz
I'm so 3008
You so 2000 and late
Porque o mundo
Não gira a tua volta
Mas podes girar tu à volta dele
Let's walk the bridge, to the other side
Just you and I (just you and I)
Olha...
Vês... Essas estrelas...
Lindas... Elas brilham eternamente...
E tu? Onde tens a tua estrela?
Solta-a...
Porque és simplesmente humano
Aproveita a nossa noite!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

#232 Valores

Queres que apenas te diga aquilo que queres ouvir? Não acho que isso seja ser amigo. Não cabe no meu dicionário passar os limites do bom senso em situações pálidas que nem sentido têm. Não apoio isso nem vou apoiar porque nunca o fiz e não será agora que vou começar a fazer. Não acho justo iludir-te mais e mais e mais quando já estás afundada num poço do qual não queres sair. É ridículo! Ser amigo não é agir assim... Pelo menos para mim e se por causa disto estiver a perder a tua amizade então acho que já dissemos tudo. Assim não merece luta, esforço e força. Apenas ficamos assim como estamos sem mais vitaminas sem mais poder algum. Não vou alterar os meus valores por causa da tua obsessão. Não vou mover os meus alicerces porque se eu te aceito assim acho que mereço ser aceite também...


Todos vêem o que pareces, poucos vêem o que és... 

#231 Qual é a tua cor?

De que cor pintas os teus sonhos?
Quando te sentes presa e não sabes se algum dia vais ter um pouco de paz...
Quando não vês a saída mas sabes que ela existe...
Quando és a culpada de estar assim neste estado...
Quando saltas num trampolim invisível que te baralha e não sabes para que lado te voltares com medo de pisar em falso e cair...
Quando viver é uma incerteza...
Quando amar é um sentimento abstracto e adormecido...
Quando precisas de liberdade, de fugir do que querem que sejas, de correr para novos horizontes mesmo quando esses são intermináveis.
Qual é a cor que escolhes?

#230 Expressão ou inspiração?

O que é isto? As palavras saem tortas, a expressão divide-se em múltiplas faces, o olhar pouco diz, o sorriso é tímido ou será inseguro? Tenho um síndrome e quero saber qual é, preciso saber para poder combatê-lo porque é mau para mim e só piora o buraco que me afunda. Será que tenho um problema de expressão ou falta de inspiração? Um poder que me abstrai do mundo, que cria uma estúpida ilusão e desvanece qualquer espécie de esperança. Provoca vergonha, dá instabilidade, põe-me à parte nesta realidade, trás-me sofrimento, arrebata-me e distrai-me. Não pode ser! Faz-me muito mal.

#229 Home

Quero encontrar o meu lugar, aqui e ali, nisto e naquilo, preto e branco, rosa e azul, doce e melancólico, acolhedor e feliz. Quero chamar-lhe meu! Quero precisar de o ter e de ser o único sitio onde não preciso de me esconder. Quero senti-lo como divino, um pequeno paraíso, um mundo, um refugio e um conselheiro. Amá-lo e ser amada por ele. Tratar. Cuidar. Viver. Quero o meu sol!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

#228 Uma história repetida

Quando um tocar se torna irresistível
Um sentimento renasce emoções
Um perder em vão
Um sofrimento que quer adormecer
Um passado que devia ser lembrado
Na mais perigosa mágoa da dor
Aquela procura
Que já não devia existir
Por saber o seu futuro
Sem viver o seu presente
Um horizonte não detectável
Um sorriso tremido
Mais um fugir
Mais um medo
Uma luta desigual
Ou se calhar nem sequer se chama luta
É o mesmo
O nome
O cheiro
A idade
O signo
Como já foi
É sempre assim
É karma
Esta história do coração.

#227 Sonho Perfeito

Acordei com mil e uma sensações, zero emoções e 2 corações. Acordei a querer realizá-lo na mais pura verdade sem nunca ter pensado assim desta forma. Tudo estava encaixado. Tudo tinha a sua cor. Tudo se encontrava no meu devido local. Tive um sonho daqueles que nunca se esquecem, um sonho tão sincero. Foi ver todos os meus maiores desejos realizados num só. Um sonho desabrochado como uma flor e cada pétala era um outro sonho mais pequeno, todos a abrirem ao mesmo tempo. Tudo assim devia ser. Por isso eu devia lutar mas não o faço como nunca o fiz. Era uma falsa realidade tão saborosa. Tão ternurenta. Tão especial. Tão perfeita. Que me deixou a pensar... Que sou a cada dia que passa mais imperfeita!

#226 Irreal

Sim, sou assim.
Consigo sorrir com uma dor enorme.
Não me torno anti-tudo
Dou-me e entrego-me
Com um amor que não conheço
Com um sonho que desconheço
A dor preenche-me
Porque não a demonstro?
Vivo-a na minha solidão
Vivo-a eu somente
Quando sei que é incorrecto
Quando torna o mundo injusto
Nunca quis que tivessem pena
Pena é de fracos
Pena é de parvos
Pena é ridícula
Sim, olho para o mundo com outros olhos
Toco a realidade irreal
A minha bolha de sabão
A minha redoma que ninguém entende
Onde tu és uma farsa
Onde nada é merecido
Por ser o que não é.

#225 Parar o tempo

Pode uma pessoa passar pelo destino? Tomar conta da sua própria vida e segui-la para a estrada que quer ou que escolheu sem uma razão directa? Pegar no tempo e pará-lo. Ficar quieta no meu canto por um período de tempo determinado, parece-me bem. Deixar de viver para mais tarde retomar quando se está a andar sem motivo, sem chão e onde não se vêm luzes brilhantes e coloridas. O arco-íris é simples imaginação. O tempo são meros segundos que passam e quando estou cansada de mim, do mundo e da vida... Sinto que está na hora de parar, olhar para as estrelas, sonhar com a imagem da lua, deitar-me na areia, ouvir o mar e não pensar em nada. Para não cair no poço. Para não fazer nenhum disparate. Para voltar a conhecer-me!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

#224 (Sobre)viver

Não sei que balança usar
A da vida
A do egoísmo
A do sacrifício
A da descoberta
A da aventura
A dos (não) sonhos
A do silêncio
A da timidez
A do orgulho
Ou a dos ciclos mundanos
Não sei que pesos colocar
Não sei onde isto me leva
Estou no nada
Sou o nada
E tudo o resto
Que custo é este?
Que preço pagarei até ao final?
Ou receberei?
Balança social
Balança mundial
É tentar correr
É tentar viver!

#223 Tiro ao lado

Quando senti o teu mau humor de hoje fiquei confusa. Estarias triste? O que tinha acontecido para que o sorrisinho moreno não estivesse hoje em ti? Dormiste mal? Sonhaste com quem não devias? Viste quem não querias? Zangaste-te com alguém? Senti falta daquele riso rebelde, das covinhas nas bochechas, das mãos no cabelo, do típico atender de chamadas e do teu escuro olhar... Apetecia-me levar-te para um cantinho e dar-te beijos e mais beijos até o sorriso voltar... Apetecia-me dizer-te que o mundo era bem mais bonito do que aquela sala fria... Apetecia-me sorrir-te com o meu novo sorriso e contagiar-te... Pegar nas tuas mãos e pedir que confiasses em mim. Não seriam meras palavras. Tudo seria verdade! Não sei como isto foi acontecer... Não devia acontecer... Mais um tiro ao lado...

#222 Fuga

Um qualquer purpurim, uma sombra, um segredo e um milagre. Milagre que não existe mas no qual acreditas. Sombra que não será mais do que a tua. Um segredo que escondes. Um purpurim que imaginas!

#221 Vem cá

Vem cá...
Por favor...
Sem medo
Não te irei criticar
Não estou zangada
Juro que ficarei bem caladinha
Por hoje nada irá afectar-nos
Vem...
Aquecer-me os braços
Gelados da brisa
O corpo frio
O coração sereno
Quero apenas ficar
Sossegada
Sorrateira
Aqui nesta areia
Onde se ouve o mar
Vem...

#220 Defesa

Não temo. Apenas estou a fugir de mais uma tristeza, uma outra desilusão, uma dor ou um perder unilateral. Não é medo. É defesa. Sei que poderá ser uma jogada em falso, pisar o risco e ficar sem razão. Porque no fundo acho que isto não será mais do que aquela lembrança adormecida, um sentimento ferido e a tua ausência sorrateira. É a confusão que nesta situação me prende por me fazer lembrar-te, por me parecer que é o teu/meu sentimento a regressar em mim escondido numa outra face com o mesmo nome.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

#219 Fanatismos

Ninguém iria entender...
Nem eu mesma entendo...
Que feitiço é esse?
Que fenómeno existe entre nós?
Como conseguem 4 pessoas
Que não conheces pessoalmente
Que conheces muito teoricamente
Transformar o teu mundo...
A tua maneira de ser...
O teu sorriso...
Como fazem para que sonhes sem limites?
O que fazem para que consigas esquecer
(Por instantes)
As más ondas da tua vida...
Como conseguem deixar-te livre, leve e louca?
O que serão para ti?
Quando não passam de meras pessoas que ganham a vida
A fazer o que amam
E os acolhes de Ídolos
Porque os admiras e respeitas a sua forma de vida desde o Inicio...
Há onze anos que estão em ti.
Qual é a magia que transmitem?
Qual é o segredo?
Dão-te tanta força interior.
No final de cada dia com vocês
Fico a achar que mesmo depois de tantos problemas
A vida ainda vale a pena
Seja qual for o seu sentido
Quando já não via razões para lutar por ela
Chamam-lhe música
E a palavra muda tudo
Tocam-nos metodicamente
Empatia com o ritmo que atravessa o corpo
Cumplicidade perfeita com a letra do cantor
Faz-te bem e sentes-te grande por segundos
Não contabilizados
Mas sentidos
Vocês são únicos
As vossas musicas são a minha paz de espírito
E não é por acaso que já vos vi 11 vezes
Quando só vieram 6 a Portugal.
Digam o que disserem
Eu gosto de vocês e continuarei a gostar
Sem vergonhas...
A vossa música é a minha voz!

#218 Esta no es mi realidad!

Esta realidad desconocida es tan extraña. No es mía, pero me pertenece un poco ahora. Es un juego de supervivencia. Tiene falsedades, mentiras, trampas, engaños, cinismo y psicológica devaluación. A veces pienso que si sólo el más fuerte puede mantenerla, los débiles se venden sin piedad. No sé si tengo el alma suficiente para soportar. Hay veces que sólo quiero ir al baño lavar la cara con agua fría, respirar profundo diez veces y me concentrar en mí misma. Tengo miedo que esto haga cambiar lo que soy, la manera de ver la vida y los sueños. Quiero ser la niña fuerte y independiente pero sin nunca dejar de ser sensible y tierna en mi mundo. Puedo estar a conocer un pedazo de mi que no conocia hasta ahora pero no quiero traerlo conmigo para mi mundo fuera de aquel edificio extraño, de aquella gente desconocida y aquel otro mundo malo.

#217 Estratégia

A vida não é um ciclo. A vida não é um jogo. A vida é uma estratégia. Constrói-se de fases. Fases que começam num nada esperado com indecisões, inseguranças e confusão. Ao começarem criamos nelas sonhos sem nos apercebermos deles, surgem no nosso subconsciente e permanecem. Sonhos que tento ignorar mas em vão porque se entro numa determinada fase é porque tenho um objectivo. E o que seria de um objectivo sem um sonho que o abraçasse? Fases que nos mostram o certo e o errado. Erramos e aprendemos. Acertamos e crescemos. A duração delas pouco importa quando os laços que hoje perduram possam ficar tatuados para sempre em nós mesmos. Quando acabam fica a saudade do bom e do mal, sentimos-nos um pouco perdidos e desencaminhados, somos capazes até de sermos egoístas e recusar novas fases, mas isso mais cedo ou mais tarde cai e genialmente entramos noutra fase com o entusiasmo do novo, a insegurança do nada, o desejo de vencer e a incomplexidade de arriscar. Assim criamos a nossa estratégia que nos faz viver e que nos leva dia a dia a nós mesmos!


E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
(...)
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

domingo, 25 de janeiro de 2015

#216 Medo

Porquê ter medo
Naquilo que desejaste
Porquê não te podem dar calma
Se estás feliz
Porquê não sorriem e dão força
Quando tudo leva o seu rumo
As asas que querias
Os sonhos que se escrevem no céu
Alcançar metas
Ver aquela luz
Que tanto pediste
Encaixar a vida
Seguir um ciclo
Agora o medo
Agora o cortar das asas
E relembrar
Que não sou nada
Que nunca acreditaram em mim
Mas que consegui
Quando apostavam o contrário
Quando rezavam para não chegar la
Isto devia de ser bom
Afinal era tudo o que querias
Porquê?!!

#215 Sim, permaneço!

Tudo é incrivelmente, unicamente e incomparavelmente simples. Tudo ganha um sabor diferente de cumplicidade, apoio, confiança, amizade e preocupação. Tudo se torna mais fácil sem perceber como... O vosso carinho tão doce que me faz levantar sem ter forças, avançar sem razão, continuar a sonhar sem controlo, acreditar em contos de fadas, nas minhas fadinhas, tão minhas e tão vossas. Adoptam-me no meu pleno estado a cada instante, como sempre fizeram. Confiaram-me segredos, confiaram-me a vossa vida e o mais importante de tudo a vossa compaixão, sorrisos e perfeita amizade. Porque quando não tenho motivos para ficar aqui, aparecem de rompante. Quando achava que a distancia era maior, vocês provam-me que estão tão presentes como antes. Adoro-vos com cada letra que compõe o verbo adorar e mais do que adorar... Admirar cada palavra transmitida. Obrigada por tudo! Amigas como vocês, há poucas... Muito poucas!

#214 Ter-te aqui

Se tu não és capaz de lutar contra isso sabendo que nos provoca aos dois.
Se tu não és capaz de olhar para além das diferenças.
Se tu não és capaz de reagir uma única vez que seja pelo coração.
Então confia em mim e vive a minha estratégia.
Apenas permanece aqui sem sentido, como gostas de dizer.
Apenas fica aqui muito quieto que eu segurarei todas as pontas.
Apenas e só aqui tão sossegado que só eu dou por ti.
Se a tua opção for partir...
Ou levas-me contigo ou vou atrás de ti...
Cabe a ti decidir!

sábado, 24 de janeiro de 2015

#213 Jogo

Quando a vida não passa de um jogo
As escolhas deixam-se à deriva
De uma sorte tendenciosa
Um baralho de cartas
Unicolor
Um monopólio
De tendências
Dados viciados
Não reages
Deixas-te ir
Como se outro alguém
Sem ser tu mesma te pudesse tirar disto
Não vês a saída
Não sabes para onde olhar
Irritação que prende os músculos
Compaixão do vazio
Sonhos interrompidos
Que teimas em adormecer
O nó na garganta
As lágrimas que saltam
Não mandas na tua vida
Não a lideras
Não te impões
Um culpado
Tu...!!

#212 Pecado capital

Tantas palavras que ficam por dizer, quando eu apenas não quero magoar-te. Tantas e tantas outras que foram ditas e que eu gostava que nunca esquecesses. Mas como a palavra nunca é perigosa e como ela se encaixa em todo o lado, sinto que um dia num momento qualquer vais falhar-me. Como já muitos fizeram embora contigo acredite que não será uma decepção por já estar à espera. Não consigo prender nada a mim e aí eu erro. Mas acho que é falta de carácter prender isto ou aquilo que tende a ir embora numa fragilidade insignificante, demonstra apenas que não está connosco por nós mesmos mas por algo que quando acabe levará o resto de tudo. E muitas vezes isso acontece-nos. Não sei se será a tua influenciabilidade, a tua insegurança, a minha frieza ou a minha impaciência. Não fico triste de perder-te, fico triste que um dia voltes a precisar de mim e eu já não esteja para ti. O meu orgulho é o meu pecado-capital e nessa altura eu vou deixá-lo agir por mim.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

#211 Odeio (ou não) quando me contrarias

Qual é a razão que tens para me contrariares sempre? Porque achas que deves coordenar a minha vida às tuas vontades?Vontades que se guiam pelas minhas... Deixas-me perdida entre marionetas, deixas-me confusa entre sentimentos e valores e quereres e sonhos. O que é que te faz pensar que assim serei feliz? Se eu não quero... Mas continuas a insistir. Derretes o gelo e tornas-o insuportavelmente desejado. Derretes de forma distinta e discreta para que só me aperceba disso quando já é tarde demais... Não creio que seja justo para mim. Cada vez tornas-te mais especial e isso dificulta tudo o que achava que era melhor. Porque nada é inteiramente conformável e quando ages assim complicas ainda mais um pedaço. Invadem-me aquelas melodias que me fazem querer continuar aquilo que tinha contigo mas a grande questão é se isso sem ti irá fazer sentido? E se se torna uma fraqueza? mais uma... Mas continuas a lutar contra mim quando olhamos para o mesmo horizonte e não é que isso atrai-me... As vezes gosto mais desse caminho que do meu. E isso (não) é saudável...

#210 Silêncio

Deixo-te ir mais uma vez
Quem me dera que ouvisses-me gritar calada
O teu nome…
Não é a saudade que mata
É o silencio
Espalhado pela casa
Porque é o único
Que ainda fala de ti!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

#209 Questões

Será a paga por ser como sou? Por ser orgulhosa quando sou mimada, por ser determinada quando o mundo desaba, por ser ingénua quando preciso de ti, por ser independente quando se confunde com egoísmo, por ser fria quando tenho o coração quentinho, por ser tímida quando fujo do que sinto, por ser anti-sonhadora quando tudo se move por sonhos, por ser medricas quando algo é estranho, por ser desconfiada quando bate o desconhecido, por ser vaidosa quando já nada vale a pena, por ser insegura quando podia ser eu mesma, por acreditar no amor quando todas as feridas são dele, por temer quando deva perder. Será o custo por deixar partir tudo sem hipóteses próprias para lutar se sei que será mais e mais difícil? Eu sei disto tudo e quase que tenho as respostas mas por favor não me façam recordar, não por hoje, não por amanhã, não por esta semana,... Não me apetece olhar sem nada ver como muitas vezes antes, não me apetece mudar diariamente, não me apetece admitir o que sou ou deixo ser. Não... Não... Por favor... Não vale a pena tocar em questões similares porque eu já tenho a minha dose. Não por hoje... Quero esquecer um pouco e viver como se estas perguntas não existissem!!!

#208 Um sorriso apenas

Sorrir
Não é um remédio
É sentir
É força
É coragem
Tocar um doce prado
Cantar uma falsa melodia
Mas ao menos cantar
Dançar com pés de Cinderela
Sem ninguém assistir
É fugir da realidade
E pousar onde tu quiseres
Não é um esforço
Não é uma obrigação
É sobreviver
É querer
É seguir
Sem destino
Sem razões
Sem chão!

#207 Seguir...

Não, não estou a fugir. Estou a resguardar-me da selva que este mundo real que engloba o meu consegue ser. Não, não estou a ser cobarde. Quero apenas ter a coragem suficiente para deixar-me estar no ringue e não querer tomar a vontade de sair dele o mais rapidamente possível. Não, não estou iludida. Sei como é este campo e conheço esta grama assim como qualquer outro jogador. Não, não vivo num conto de fadas. Vivo a minha peça de teatro onde eu mesma sou a única protagonista. Não, não estou a ser egoísta. Se o estivesse a ser nenhum de vocês faria parte do meu mundo e acabaria eu sozinha mais a solidão que tanto me assusta. Não, não sou o que querem ver. Sou aquilo que poucos sabem ler no meu rosto, nas linhas do coração e sentem no 6º sentido. Não, não luto com força. Não serei judoca, os meus passos são suaves e corro em círculos dançantes. Não, não sorriu sem motivos. Viver deveria ser sempre o primordial de qualquer um mas essa história não convence mais e todos sabem que não faz sentido a partir do momento em que uma lágrima cai de desilusão. Não, não há espaço para coisas falsas. Coisas que não tem cor nem sabor e o seu cheiro é enjoativo ao meu nariz. Não, não se sente paciência. Embora prevaleça a calma e a tolerância. Não, não esqueci. Apenas não tenho lugar para este rancor.

#206 Quando tudo é igual

Os dias repetem-se
Os dias absurdos e confusos
Os dias cheios de nada
Os gestos e a dor
Repetem-se
Feridas
Desilusões
Erros
Porque não se esquecem?
Porque não fogem de mim?
Não os consigo assustar
Mas também não tenho armas para os matar
Sentimento vazio
Sentimento de impotência
Não mudou
Nada muda em mim
Assim como as letras do meu nome
Que por muito que as troque
Dão sempre ao mesmo som
Dias e mais dias
Sem emoção
Sou fraca!
Sou . . . !

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

#205 Bestfriend

Mais uma vez provas-me aquilo que foste e que és. Mais uma vez lês os meus sentimentos sem perguntas ou invasões. Conheces-me tão inexplicavelmente. Consegues mesmo ser a mais insubstituível de todos. Tornas-te a cada instante mais e mais cúmplice. Entras sem pedir. Olhas-me nos olhos ou simplesmente ouves a minha voz. Esqueces os teus maus momentos e rasgaste em pedacinhos de mim. Englobaste nos meus problemas como mais ninguém consegue fazer. Exiges que te conte, aconselhas, libertas-me, sorris-me, brincas, apoias-me e és grande ao pé de mim. És a única pessoa vem ter comigo para saber como estou sem se debater primeiro com as suas crises. E se as tens...! És a amiga que antes de me contar isto ou aquilo, queres saber de mim. És a mais justa e a única não egoísta. És aquilo que sempre achei que não merecia. És um das pessoas que mais respeito e idolatro. Preocupas-te comigo sem querer saber de ti. És a psicologia da psicóloga do mundo. Fazes-me ser eu mesma. Fazes-me cuidar de mim. Não importa os caminhos que a partir de agora vamos tomar e as estradas que seguiremos. Serás sempre aquela única que me agarrará quando tudo me deixa cair sem se aperceber. Um obrigado eterno por mais uma vez estares presente quando todos os outros se limitam a fingir que estão ou que se limitam a passar. GMDT eternamente!

#204 Sonhos (im)perfeitos

O que é feito da menina de pele claríssima, olhos azuis brilhantes, cabelo dourado-sol, com maças do rosto avermelhadas e um sorriso contagiante? O que é feito da menina rosa? Porque adormeceu os seus sonhos de forma tão perfeita? Porque anda de uma forma tão suave de modo a não os acordar? O que a atemoriza? O que a amedronta?

#203 És passado!

Como eu já te tinha dito uma vez 'num dia maior serás trapézio sem rede' , eu avisei que isto de pedir desculpas é muito bonito enquanto se está triste porque quando se está desiludido o efeito é quase nulo . É bom ser-se perdoado , faz-nos sentir bem com os nossos erros e eu perdoo-te mas só e apenas isso . Nada será como antes . Nenhuma palavra cobre a dor . Já não há espaço social entre nós , deixou de haver e não quero recuperá-lo . Sabes como sou tolerante , paciente e ingénua . Sabes como não sou nada egoísta , rancorosa e destemida . Mas também devias saber que tomo decisões por mim e pelo que sou e que quando o faço muito mas mesmo muito raramente volto atrás . Se não sabes , problema teu ! O teu mundo já não me afecta . O teu respirar já não me interessa . O teu cheiro tornou-se superficial ao ponto de já não o sentir . São as vantagens de não me guiar por sonhos mas sim por objectivos e por acreditar no destino aquela coisa repugnante que tu dizes não existir . É tarde demais ! E se queres saber o que senti eu digo-te ... Pena ! Muita pena da pessoa em que te transformaste. Mas nada posso fazer ou melhor nada quero fazer ! Não vales o esforço!!! =) Nunca ouviste dizer que Há três coisas que já não voltam atrás : a ficha lançada , a palavra prenunciada e a oportunidade perdida .

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

#202 Escolha

Que mais posso perder?
Que mais posso ser?
Onde pertenço é onde quero estar
Na simplicidade de palavras
Na felicidade de um sorriso
Na humildade dos gestos
Na força de um olhar

Que mais posso querer?
Que mais posso tentar?
Nesta ridicula esfera
Onde o tempo escorre-nos das mãos
O amor circula nas veias
E ninguém quer pensar
E ninguém quer assumir

Que mais posso sonhar?
Que mais posso fugir?
Quando me apanham antes de avançar
Pela linda terra que vejo daqui
Simplesmente unica de mistérios
Num mix de sensação
Provocadora!!!

Que mais posso enganar?
Que mais posso permitir?
Se os limites estão em todo o lado
Se parei e vi o mundo girar
Se não o consigo alcançar
Duas decisões, uma escolha
Ou corro ou deixo-me

#201 Como me fazes crescer!

Como é possível que a tua falta se transforme dia-a-dia na mais incrível força ? Como é possível a dor da ausência fazer-me mais forte do que ontem, do que antes de ontem ou do que nos anos anteriores ? Achei que seria apenas uma recaída quando adormeci na noite passada , que um sonho confuso me invadisse e que o acordar fosse igualmente avassalador . Achei que fosse fraca demais para suportar mais um momento ... Mas nada aconteceu ! Acordei com a noção mais plena que não poderás voltar , que as injustiças transformam-se em valor , que se algo superior existe para mim é porque tu o comandas , que se acredito nisso é a única coisa da qual preciso , que estás comigo a cada momento vivido ou melhor que sempre estiveste ... Hoje entendo isso ... O que muitos se limitarão a chamar de arrogância , outros tantos de egoísmo ou até mesmo de parvoíce ... Eu gosto de chamar de fé, de força e de sonho ... Porque és muitas vezes onde me seguro quando o mundo luta contra mim. Porque és aquilo que não me faz desistir de mim mesma. E isso importa , importa-me!

#200 Fazes-me falta

Hoje é a ausência que me invade. Erro... Não ausência, mas ausências. Parece que quando sinto a maior de todas, as outras surgem de rompante sem dó e sem que eu as possa rejeitar. É incrivelmente desesperante, chega mesmo a ser ridículo não as controlar. É uma falta. Aquela que chega a ser maior que as estrelas que brilham no céu. Aquela que chega a ser mais profunda que qualquer oceano. Aquela que consegue tornar o mundo num sitio mau. Acho que ainda não consigo lidar com isto tudo e será que algum dia saberei? O coração bate mas simetricamente, falta-lhe um pedaço que estas ausências levaram. Hoje doí muito, como há muitos meses não doía. Tenho medo que seja uma recaída. Tenho medo que seja o principio do nada. Que volte o assustador vazio! Temo-o! E acho-me fraca...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

#199 Dias e mais dias!

Sabes que há dias bons na escuridão?
Dias em que sabe bem dançar à chuva.
Dias em que o recostar nas sombras nos protege.
Dias em que deitarmos-nos nas trevas não sabe a perigo.
Dias em que sentimos calor quando um assustador vento assobia.
Dias em que nada disto faz sentido mas não te importas.
Dias em que fortalecem o pecado do que queres.
Dias em que apenas te sentes tu mesma e que mal tem?
Dias em que as nuvens não nos deixam ver consequências.
Dias em que tudo não passa de uma defesa.
Dias em que transmitimos confiança.
Dias em que ganhamos força para acreditar.
Dias em que podes sonhar.

#198 Melodias

Respiro, sinto a fresca brisa da cidade arrumar-me um sorriso melódico ou melancólico, talvez... E deixo que ele possua o meu ser, corroa-me o espírito e alastre-se pelo coração. Penso em ti. Invadem-me lembranças daquilo que fomos, daquilo que passamos, daquilo que sonhamos e tudo o mais que existiu. Invadem-me sonhos adormecidos, tesouros escondidos, segredos nunca revelados, cartas esquecidas, palavras silenciadas, árvores cúmplices, a minha voz rouca e a tua voz estridente. Sento-me. Fecho os olhos. Imagino-te à minha frente a implorares, como na primeira vez, que me soltasse pelo menos para o momento e que desse asas à voz. Imagino-te com o teu sorriso rebelde e o olhar doce, o cabelo castanho escuro e a pele bronzeada, as tuas calças cremes e a tua camisola vermelha. De pernas cruzadas enrolava-me como uma concha e tu segurando-me pelos ombros suavemente levantavas o meu corpo. Como se o tempo voltasse para trás. Abro os olhos e não sinto tristeza, incrivelmente avassala-me um bem-estar sem antecedentes. Há tempos atrás seria impossível esse sentimento bater em mim sem uma dose de magoa. Mas hoje sonho acordada e não me importo sequer com isso! E então recordo... Lembro-me que muitas vezes me disseste que só vinhas para me ouvir cantar. Lembro-me tão bem! Lembro-me de só conseguir cantar para ti e para te ter. Não é que não sinta a tua falta (já sabes que sinto apenas não quero repetir-me) mas a falta maior que mais carência me dá é já não conseguir soltar a minha melodia. Há dias atrás, neste sitio onde hoje me sinto tão bem, pediste-me que nunca deixasse de cantar, bem ou mal pouco importa, triste ou alegre é indiferença, com lágrimas ou gargalhadas o essencial é sentir. Disse-te que ainda não estou pronta para isso, acho que vai ser difícil mais alguém conseguir ouvir-me para alem dos limites como tu. Fizeste-me prometer que deixaria que a minha estrela brilhasse sempre, reclamei mas... Quem sabe... Quem sabe...

#197 Inexplicável

Se soubesse explicar o efeito, o gesto ou a maneira... Seria mais fácil entender! Seria mais simples apreender! Estavas no sitio que não lembrava mas que seria o mais provável. Estavas com a minha cor preferida e com o mesmo ar rebelde. O teu sorriso cativa-me. O teu estilo alicia-me. Deparei-me comigo mesma imóvel, a engolir em seco, olhar estático na tua direcção. Dançavas daquela forma que me fascina e os teus passos coincidiam com os meus, parecia que ao longe conseguias pegar no meu sentido. Arrepiei-me! Tentei desviar a cara mas não conseguia por mais de 3 segundos. Feres cada momento. Marcas-o com simples toques. Não danças, deslizas. És natural. É um dom, acho! É uma aventura pensar em ti. Uma imagem não minha. Um sonho estranho. Uma delicia por si só. Uma familiaridade que me rende. Não chego a perceber. Sensação esquiva. Eu danço. Tu danças. E o resto pouco importa nesse instante!

#196 Sem ti!

É estranho não seres aquilo que estava a espera que fosses para mim, surpreendi-me a mim mesma. Podia sentir-me muito mais magoada, podia não te querer ver à frente ou mesmo odiar-te. Mas não... Não é assim! Estava equivocada quanto ao que eras para mim! Sinto-me livre de qualquer sentimento que esperava ter depois do mal que me fizeste. Sinto-me como se não existisses ou como se tudo o que existiu não tivesse uma importância mínima. Confesso que desde o principio que não sonhei uma única vez contigo. Confesso! Sem mesmo saber se isso é significante para a vida mas para mim isso significa algo e sei que me ajuda a descobrir aquilo que eu não procurava, mas que me alegra mais e mais a cada dia que passa. Dou-me conta que foi a melhor opção, a escolha acertada ou até mesmo a melhor oportunidade no momento mais propicio.

domingo, 18 de janeiro de 2015

#195 Distância

Não foi por mero acaso que deixaste de ouvir a minha voz. Não foi por mero acaso que os meus gritos já não se soltam. Não foi por mero acaso que te deixei partir. Precisava de mais. Precisavas de mais. Eu tinha noção do teu esforço. Sabia como tudo te magoava mais do que podíamos esperar porque falhamos ao calcular os riscos e as medidas entre nós. A distância pode não ser capaz de afastar dois corações mas é dona e senhora para afastar dois mundos. O meu que não demonstravas querer alcançar embora houvesse esforço. O teu que querias que eu alcançasse mesmo tendo barreiras inquebráveis. Prefiro assim, não gritar mais. Não sais magoado e isso para mim é tudo mesmo que aches o contrário. Parei de cantar porque o esforço já não vale a pena, porque há limites em tudo e porque a distância não deixava que me ouvisses.

sábado, 17 de janeiro de 2015

#194 Sonhos

Sonhar é extremamente complexo. Sonhar implica ir mais alem do possível e isso magoa mais do que devia. Está estritamente ligado com a realização dos mesmos ou a frustração da não realização e essa coisa assusta-me... Mais do que devia!

#193 Inspiração

Não deixei de ter inspiração.
Não a perdi
Ao contrário
Alimento-a
Não são cheios
São vazios
Simplesmente
Que me enchem de nada
Que me arrastam numa ansea
Saudades Inabaláveis
Sonhos Inquebráveis
Multiplicação de sentidos
Quando me encosto e adormeço
Preciso de mim
Preciso da força
Mesmo não sabendo se a tenho!

#192 Sou da casa

Sabes... Muito pouco é aquilo que já me podes desiludir. Cheguei a um ponto ou deixamos-nos chegar a um ponto que de ti já espero tudo. Não sei se sempre estive enganada a teu respeito. Não sei se não quis ver. Não sei se mudaste ou se eu mudei. Simplesmente há coisas que não imaginaria de ti e que assumiste como tuas. Estive sempre lá quando precisaste! Não me arrependo. Aceitei-te tal e qual como és! Mesmo não sendo assim. Respeitei as tuas escolhas! Embora não as percebesse. Agora não me peças para concordar na tua arrogância e acatar diversas coisas injustas que saem de ti. Os amigos não são para isso. Os amigos não são para dizer sempre que sim, pelo menos comigo a amizade não funciona assim. Crescemos na mesma situação. Estamos na mesma situação. Ambas sabemos o que é lutar num lugar que não é o nosso, estar aqui mas não em pensamento e guardar as raízes como um grande tesouro. Mas ao contrário de ti não quero deixar de permanecer aqui neste lugar que pode não me ter visto nascer mas que me viu crescer. Não o nego e nem gosto que o façam. Gosto disto porque acolheu-me a vida e adoptou-me os pensamentos.

#191 Indiscutível medo

Um medo
Uma incerteza
Que não assustam
Mas que são temidos

Coragem
Força
Determinação
Não sei se as tenho

Arriscar
É um jogo
Vários dados
Multiplas escolhas

Perder
Faz parte
Preparar-me para tal
Certeza real

Vencer
Talento
Esperteza
Sexto sentido

A vida é em frente
O medo faz parte dela
No Stop não se avança
Espiritualidade

Roda viva
Carrossel de cores
Ciclos
Nova Etapa

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

#190 Contrários

Ao contrário do esperado ainda consegues-me dar uma força incalculável, o alento necessário para continuar a sorrir, a energia para brilhar e o dinamismo para acreditar.

#189 Fraquezas

Sentada num sofá preto, recolho-me e aconchego-me como se quisesse fazer parte dele. Porque não reajo? Tenho um mundo pela frente. Porque? Porque? Serei assim tão fraca de não ter forças para me levantar agora que apenas depende de mim? Agora que basto eu, que sou o que quiser, que sou quando quiser e que me tenho por completo não consigo pegar num caminho. Abrir os braços, gritar à vontade. Abraçar o mundo sem medos. Agir... Por mim! Para mim!A final sempre foi o que eu mais quis, foi pelo que eu lutei estes anos todos. Agora que posso traçar umas linhas do destino, sinto-me presa como se não soubesse andar sozinha. Terror de sofrer nesta esfera. Terror de desapontar alguém. Terror de me ter só a mim. Confusão. Quero saber reagir. E não sei!

#188 Onde pertenço?

As vezes sinto que ainda não sei onde pertenço. Tenho o lado da família, da terra natal, da cultura, do espírito, da saudade, da musica e da língua. Tenho o lado do acolhimento, do crescimento, da aprendizagem, da vivência, da pronuncia, do cheiro e da hospitalidade. Ainda não pertenço a nenhum deles talvez pelo grande medo de ter de escolher um e só um. Essa escolha não seria justa para nenhuma das partes e o que as separa é uma volta de 180º. Escolher seria ter de deixar a outra metade de mim perdida. Renunciar ao que sou ou ao que fui sem não poder juntá-los. Não me sinto confortável porque não sei onde pertenço... Vou deixando andar, sei que sem procurar não encontrarei respostas... Mas sempre tive este medo... Medo de arriscar!

#187 Reconhecimento

Há momentos
Há lugares
Há silêncios
Onde o mundo não brilha
Não são precisas palavras a mais
Não tragam palavras a menos
Apenas o que gostamos de ouvir
Não é um teatro
É vida
Somos pessoas
Gostamos de ser reconhecidas
Pelas nossas vitórias
Pelas nossas derrotas
Um abraço amigo
Uma mão que nos levanta
Um beijo doce
Uma força inexplicável
Ternos sorrisos
Que compilem verdade
Que mostrem amor
Que reflictam orgulho.

#186 Intuição

Quando chegam a estes meses dizem-me para preparar uma lista de sonhos que quero ver realizados durante o ano, já expliquei que não gosto de sonhar. Falam-me em objectivos a longo prazo sem perceberem o que isso significa para mim. Para a minha pessoa criar objectivos a longo prazo é o mesmo que ter sonhos por isso não planeio nada, não crio objectivos sem saber o dia de amanhã e prefiro encontrá-los no dia-a-dia. Como os versos de amor, que não se conseguem fazer sem um coração quente que viva o presente e aproveite cada emoção. Eu gosto de funcionar assim com os meus objectivos, construo-os por intuição. Ouço o que o meu coração quer.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

#185 Maior amiga

Acredito mesmo que é uma das coisas que mais nos aproxima. Afinal temos essa mesma capacidade para amar e perdermos-nos em tudo o que é rebelde. Olhas para mim, fazes-me uma pergunta, sabes a minha resposta dada através da feição, baixas o olhar e sorris. Já sabes a minha opinião assim como eu já sei que não vais seguir os meus conselhos. Não te digo nada e somos cúmplices. Até quando não sei, pouco me importa. Tive em ti um ombro doce, tiveste em mim um poço de segredos. Gosto das nossas manhãs, tardes e noites. Gosto de falar contigo. Somos comparsas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

#184 O meu paradoxo

Tenho o paradoxo de quem se assusta com o estar de bem com a vida e não se importar com esse medo. Inexplicável sensação. Inexplicável momento. Sintonia constrangedora mas (im)perfeita. Sinto que muitas vezes a minha independência mistura-se com o vazio. As vezes consigo não temer o futuro e pensar nele como aquilo que tiver de ser. Consigo olhar para o céu, lançar um sorriso simples e respirar fundo. Consigo não me preocupar com o que quero alcançar, onde quero estar, como reagir e quando lutar. Acima de tudo gosto da espontaneidade, simplicidade e naturalidade. Gosto de ser eu mesma sem saber exactamente o que isso significa. Gosto de ter as minhas crenças e as minhas regras mesmo sabendo que só dentro do meu mundo são validas. Gosto de ter as minhas coisas. Gosto da minha cor preferida. Gosto do meu sotaque. Gosto dos meus gostos. Gosto dos meus objectivos mesmo não tendo sido escolhidos por mim, coisa que a esta altura já estou habituada. Gosto da cor dos meus olhos. Gosto da cor dos meus lábios. Tenho sonhos adormecidos que tenho medo de acordar mas que a cada dia se tornam cada vez mais meus. Estou bem. Sinto-me despretensiosa. E aqueles temores que até então me preenchem perdem a dimensão quando sinto uma vontade em mim que me manobra. Assustam-me! Sim, muito... Mas o que é um medo ao pé da simplicidade de um sorriso?

#183 Incompleta

Sensação
Incompleta
Não perdida
Não triste
Sem solidão
Vazia
A independencia
Mistura-se com o vazio
Que preenche
Sem respostas
Sem porquês
Imensidão
Equivoca
Prende
É sofucante
É estranho
Dá-me a falta
Qualquer coisa
Impercebivel

#182 O amor...

Podia sentir tristeza, chorar até não aguentar mais, agarrar-me à desilusão, sonhar com o impossível, perder-me no desamor, consumir-me em solidão ou até mesmo desistir de viver. Tinha razões para isso, afinal de contas guardo-te em mim quando a certeza que não mais voltarás é a segunda verdade consistente do mundo. Custa-me tanto. Sinto a tua falta mais do que muito. Mas não sou assim... Conheci um outro lado da menina que sou. Aquela que agora percebe que partires foi a maior prova de amor que me podias dar.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

#181 Página Virada

Já não importa
Já não importas
Já não és o tal
Já não és desejo
Já é insignificante
Já é a ultima opção
Já não me cultivas o ego
Já não brilho por ti
Já perdeste a cor
Já quebraste o feitiço
Já não és o bater
Já não és a loucura
Já só és um passado
Que não quero recordar.

#180 A tua ausência

Tenho saudades tuas.
Sinto falta dos nossos momentos.
De olhar para ti e perder-me no fascínio.
De olhar-te nos olhos e memorizar a cor, forma e expressões que tomavam.
De ouvir a tua voz e decorá-la.
De ouvir-te cuidadosamente e encontrar cada nota musical.
De fixar cada gesto teu.
De fixar-te nos meus essenciais.
De admirar tudo o que fazias.
De admirar-te mais e mais a cada letra soletrada.
De sentir o teu sorriso e morder o lábio.
De sentir-te chegar e ficar sem ar.
De tocar a tua mão e não reagir.
De tocar-te no pensamento e deixar-me levar.
De chamar o teu nome e brincar com ele.
De chamar-te para perto de mim e memorizar a perfeita forma dos teus lábios.
De cantar a melodia da tua voz na minha imaginação.
De cantar-te a aquela musica que dizias ser o meu BI.
De esconder o que sentia por ti.
De esconder-te para que fosses um dos meus tesouros.
De proteger tudo o que era de ti para mim.
De proteger-te do mal.
De sonhar com uma viagem de balão
De sonhar-te todas as noites.
De esperar ansiosa para te ver.
De esperar-te em todo o lado sem nunca me cansar.
De confiar na pessoa que me fizeste reconhecer.
De confiar-te mil segredos.
De conhecer os teus passos e achar que eram a mais maravilhosa dança.
De conhecer-te e aceitar-te assim mesmo.
De aguardar o teu sorriso por entre a multidão.
De aguardar-te na minha simplicidade e perder-me na tua humildade.
De saber de ti e o coração palpitar mais depressa.
De saber-te desenhar com precisão numa folha a carvão.
De querer o impossível e não me importar.
De querer-te fazer brilhar por mim.
De ter medo mas a vontade ser maior.
De ter-te como ídolo e sem limitações.
De ser a tua “hija del mar”
De seres o meu porto-de-abrigo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

#179 Gerações

Tu não me compreendes. Podes tentar, lutar, apostar, ensaiar, arriscar ou até mesmo desafiar. Podes até respeitar mas não consegues aceitar. Não vale a pena, desiste assim como eu o fiz na tentativa de harmonizar a guerra. Desisti, porque não tive forças para te desiludir e agora quando tocámos no tal assunto a tua reacção foi tão previsível que não me fez arrepender nem uma milésima de abdicar do sonho que não me deixarias nunca abraçar. Talvez seja uma das razões porque não goste de ter sonhos. Não gosto de sonhar. Há anos que tão-somente tenho metas e objectivos a alcançar e não tenho sonhos a realizar. É triste? Não sei. É viver? Não, é sim sobreviver. É querer? Sim, o que tu quiseste. Não somos culpadas. A culpa é da vida, do destino e da sociedade. Não peças desculpa quando erras. Não peças desculpa do mal que me fazes. Fizeram-nos assim… Nascer, crescer, amar, sorrir, chorar, cantar, pular, correr, sossegar, enlaçar, conhecer, sentir, tocar, (in)confessar, mentir, perder, ganhar, tolerar, importar e tudo aquilo e o mais que já passámos.

#178 Cansada

Foram palavras jogadas ao vento, foram frases de areia desfeitas pelo mar, foram textos em línguas inexistentes e gestos falsificados de tão pensados. Não foste um bom actor, se o tivesses sido cada dito não teria soado a mentira, tinha acreditado em ti e passado para trás cada milímetro da dor que me fizeste sentir. Não aconteceu nada disso e a cada dia que passa mais e maior se torna a desilusão que tenho por ti. Achava que não merecia nem um pouco, pedi-te que não fizesses isto, tentaste enganar a minha ingénua pessoa, fingiste e mesmo quando pôs a hipótese de poder estar a ser injusta contigo nunca me consegui sentir culpada por não te compreender, jogaste pela cobardia mas repugnaste essa ideia. Custou-te ouvir as verdades e mais ainda, achas que foi um gesto de raiva, onde estás totalmente equivocado porque não foi. Fugiste sem explicação e agora tudo o que pudesses dizer não seria nenhum pano quente. Feriste o meu órgão vital quando mais me sentia perdida. E ele não consegue ver-te perto. Gostava que caísses no fundo em que me deixaste para aprenderes a não fazeres aos outros o que não gostavas que te fizessem a ti. Dava tudo para te ver a sentir o que me fizeste sentir. Mas não farei nada para que isso aconteça porque acredito na justiça divina e sou uma simples vingadora passiva. Todos os pontos finais são exactos. Os pontos de exclamações vivem no imaginário de cada um. Acredito em mim. Não acredito em ti.

#177 Abuela

Hoy bailo para ti. En un tiempo intenso imaginote delante de mí al igual que cuando era pequeña. Bailo como si mañana no va a existir. Bailo a pensar sólo en ti. Alejas de mí los malos pensamientos, creo que crees en mí, me das la paz y te doy toda mi simplicidad. Dame la inocencia de los niños. Mi mente devora años pasados, te encuentra y me quedo a tu lado. Te extraño tanto, de bailar y sentir tus aplausos! Único. Sí ... Tu fuiste mi único público ... Pero no pido más. Sólo tú! Te echo de menos!

domingo, 11 de janeiro de 2015

#176 Livre do sentimento mau

Percebes agora porque não queria ouvir mais nada naquele dia? Percebes agora como me faz bem ouvir as ondas do mar e as gotas da chuva? Percebes agora porque é que tudo se torna mais fácil quando enfrentamos a verdade? Eu já me conheço, sei como reajo a certas coisas e infelizmente com isto eu já tinha uma pequena noção daquilo que faria. Gosto de agir por impulso, amo o improviso e sou adepta da sinceridade acima de tudo, mas não quando a dor controla todos os meus sentidos e fala por mim. Dizeres mais alguma coisa naquele dia seria atirares flechas a ti mesmo. Dizeres mais alguma coisa faria não ser eu a responder. Agora calma, sensível e descontraída. Consegui tomar conta sobre tudo e esclarecer aquilo que se passou. Sinto-me solta! Sinto-me livre! Hoje e hoje... Vou fazer dançar os sentido!O amanhã logo se vê!

Invisível

(...) sou invisível mas tu podes ver-me...é que por vezes tornam-nos indiferentes, sentam-nos e tudo pára à nossa volta. Deixa-me estar assim uns momentos porque à algum tempo caminhei para trás e não quero ser a última a chegar...acendo a luz, afasto os fantasmas, a tua ausência amplia-me o desconforto...és um pedaço do meu céu, do meu firmamento e torna-se necessário impedir que caias. Apetece-me a serenidade despida, são idéias minhas mas oscilo, exclamações contrariadas de tempos a tempos...encaro a realidade na margem do tempo, não me quero distrair de mim porque o silêncio há anos que me persegue, pensamento firme e concludente.Deixa-me ter-te a cada instante, inventar-te novamente para que te encontres...sou toda sensações, pensamentos quentes.Existir nada significa, o importante é ser-se alguém...Desvio o olhar, reflicto um momento...adoro a tua imagem...descobri-a por mero acaso! (...)
Ana Margarida Amorim

sábado, 10 de janeiro de 2015

Lei da gravidade

Creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão ... Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que , de mim , arrancam lágrimas e canções . Eu só poderia acreditar em um Deus que soubesse dançar . E quando vi meu demônio , pareceu-me sério , grave , profundo , solene . Era o espírito da gravidade . Ele é que faz cair todas as coisas . Não é com ira , mas com riso que se mata . Coragem ! Vamos matar o espírito da gravidade !
Eu aprendi a andar . Desde então , passei por mim a correr .
Eu aprendi a voar . Desde então , não quero que me empurrem para mudar de lugar .
Agora sou leve , agora vôo , agora vejo por baixo de mim mesmo , agora um Deus dança em mim !

Friederich Nietzsche

#175 Não digas mais nada

Não digas mais nada
Tudo o que pronunciares serão facadas
Tudo o que tentares dizer cairá em falso
Não suporto mais ouvir a tua voz
Soa como ofensas
Simplesmente mantém o silencio
Deixa-me sozinha com a solidão
Bem longe num mundo meu
Naquele em que guardo as cumplicidades
Naquele em que não chegaste a entrar
Não vale a pena
Hoje não te consigo ouvir mais
A magoa e o rancor foram embora
E decidiste agarrá-los
Hoje...
Logo hoje que me sentia de mão dadas com a paz
Dói, dói muito.
É a ferida que quero sarar
É a tua apunhalada
É a tua fita de menino egoísta.
Simplesmente, xiiuuu!
Cala a tua alma imatura
Deixa-me ouvir a chuva!

#174 Borboleta

Não te consigo culpar. Não sou ninguém para te julgar, condenar ou criticar. Os gestos ficam com quem os faz e contra isso nada posso fazer, todos temos telhados de vidro e para quê apontar-te defeitos? Isso não os tira de ti. Para quê falar nos teus fantasmas do passado? Se eu também tenho os meus. Para que tocar nos teus medos? Se não toco nos meus.

Quanto a mim, sou um alguém que voltou a acreditar quando já pensava nunca mais ver uma única luz. Uma borboleta que partiu as asas à muito tempo atrás e não conseguiu voltar a voar, que se deixou enfraquecer numa insegurança incalculável, num turbilhão de sentidos sem nenhum em concreto, um ser cheio de recordações e que um dia atiraram para o fundo como se nada valesse, como se fosse o ser mais fraco do mundo. Ela convenceu-se disso! Por todo esse tempo a borboleta ficou sentada, cheia de feridas e simplesmente limitou-se a sobreviver. Mas um dia parou, decidiu colar as asas e reaprender a voar para um dia conseguir dizer Eu levantei-me sozinha e assim o fez. Hoje e depois de ganhar uma nova desilusão ficou com um medo terrível de cair de novo no que era, mas o seu subconsciente enganou-a e hoje sem saber bem como nem porquê sente uma vontade de se erguer e seguir viagem, sem magoa e sem rancor.

Ela no fundo ainda acredita na paz!

Tudo o que precisa é de sorrisos bonitos e sinceros. Tudo o que ela precisa é que a contagiem com sentimentos de bondade e simplicidade. E não das lições de moral, dos puxões de orelhas e das criticas. Deixou-se iludir e depois? Cometeu um crime? Não... Errou? Sim, mas sempre ouvi dizer que aprende-se com os erros.

#173 Pinta-me a vida

Anulação
Perdição
Falo dos teus fantasmas
Para não tocar nos meus
Arrepios
Feridas
O teu medo é pessoa
O meu medo é sentimento
Inconciliável
Inatingível
Olho para a lua
Uma pergunta ‘Porque?’
Palavras
Lembranças
Levo as mãos a minha face
Respiro pausadamente mas muito fundo
(In)reflexão
Escuridão
Suspiro incontrolável
Que solta sinais instáveis
Estrelas
Brilho
Confidentes do grito do olhar
Lembro-me que existo
Vontade
Simplicidade
Busco uma tonalidade
A que pinta vidas.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

#172 Ego

Esfolei o amor-próprio e percebo agora que curá-lo dói mais do que mata-lo. Deixei de acreditar na pouquíssima paz em que acreditava, perdi a tranquilidade e destruí pedaços do meu ego. Voltei a querer lutar por um sonho quando já tinha deixado de sonhar.

#171 Dias

Não há dias em que vos apetece adormecer e esquecer tudo por momentos? Não há dias em que fugir parece a melhor solução mesmo sabendo que nada iria resolver? Não há dias em que o silencio é a melhor melodia mesmo que tenham medo da solidão? Não há dias em que tudo o que fizeram até aqui parece não ter o seu mínimo sentido? Sou estranha. Pinto o meu mundo de várias cores e hoje só me apetece o escuro. Mergulho em aguas quentes e hoje preciso daquela que mais gelada encontrar. Sinto o corpo gelado, podia ser da temperatura física mas aquela que o meu espírito tem é bem mais pequena. Não sinto o calor humano, o meu calor. Preciso de mim. Preciso da minha força e não encontro.

#170 Cumplices

Ser cúmplice...
Ser cúmplice é sorrir o mesmo sorriso
É chorar as mesmas lágrimas
É ver em conjunto
É sonhar a duplicar
Ser cúmplice...
Ser cúmplice é viver a partilhar
É olhar o mesmo luar
É sonhar o mesmo sonho
É escrever o mesmo conto
Ser cúmplice...
Ser cúmplice é falar sem falar
É fazer sem esperar
É amar, amar, amar
É gostar de simplesmente estar.

#169 Sem força para ti

Acho que deve ser o teu grande mal, aquele que te impede de ser feliz. Não sabes gostar. Não sabes lidar com essa insensibilidade toda, não sabes contornar um pedaço de ti que apenas e só te faz sofrer. Tu não sabes cuidar, tomar estima, batalhar, perdurar e valorizar. Tomas as coisas como certas ou então não queres agarrar ou ser agarrado. Deixas livre tudo o que te dão sem te aperceberes que estás a dar uma passagem de ida sem volta. Deixas livre sem te lembrares que podes perder o jogo. Deixas livre e esqueces-te que enquanto libertas podemos ganhar asas e querer voar para um outro destino. E não venhas com a frase Deixo livre as coisas que amo, se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive” porque em ti a frase sabe a desamor, desapego e egoísmo. Não sabes elogiar. Não sabes enaltecer. Não sabes querer. Nunca lutas-te por nada. Nunca amaste e não sabes o importante que é dar, porque apenas te deram o lado de receber. Abandonas sem alcançar. Desinteressas o sentimento que começa a crescer. Tento perceber-te mas torna-se difícil. E sem perceber não vou conseguir combater esse gelo todo, não me sinto capaz. É preciso ter uma vontade indomável, um querer incontornável e uma força desmedida. É preciso acreditar. E eu já não acredito em ti.

#168 Fragilidades

Sou frágil, sinto o medo invadir-me pela espinha acima, tenho fraquezas, não consigo ser uma super-mulher, o coração tem feridas que ainda doem com um simples tocar, a alma está perdida (alguém a conseguiu desnortear), a motivação é pouca e a concentração atinge limites ridículos.
Todavia enquanto estiver assim mas sentir o vosso calor a provocar-me os sentidos, vou conseguir andar mesmo que não saiba para onde, vou tomar rumos que me levem há vossa luz, vou abraçar a vossa simplicidade, vou amar cada sorriso que me transmitem, vou tatuar na pele os sorrisos que me fazem dar, vou querer que todo o mundo me sorria, vou ter a força para ainda acreditar num nada escrito no ar.
São-me essenciais!
Obrigado!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

#167 Ter-te em mim!

Melancolia
Rebenta num só sentido
Aquele onde partiste
Entre um sonho
Uma meta
Entre uma ilusão
Um desejo
Recordo-te
Relembro minutos contigo
Sorriso triste
Sei que não estás
As mãos aparam a cabeça
Refrescam-na
Já não sinto o mesmo por ti
Mas tenho saudades
Simplesmente de te ver
Apesar do tudo
Apesar do nada
Fizeste-me bem
E tu sim...
Tu nunca me magoaste
Não fingiste
Não enganaste
Repito
És admiração
Por isso ainda ter-te em mim
Num pedaço de ser
Onde tu estás
E que eu nunca irei alcançar.

#166 Menina orgulhosa

Ele disse Não sei como podes deixar que esse orgulho mande em ti, ela sabia tão bem que não era só isso que a prendia, que a amarrava a uma incerteza sufocante. O orgulho é sem duvida o seu maior pecado capital, o pior defeito de fabrico e talvez o que mais a assusta porque não a deixa agir. Mas não era isso. Era uma insegurança, um medo de sofrer, eram os passados mal resolvidos e a surpresa do momento. Ela não esperava ser confrontada assim e muito menos que ele pudesse querer o mesmo que ela queria. Ela é uma menina simples, ingénua, inocente, alegre e independente e por mais que sonhasse com esta situação nunca fez disso um objectivo. Podia sonhar mas nunca procurar, nunca esperar! E naquele instante apercebeu-se que ele sentia o mesmo e que caso fugisse não teria mais a oportunidade que lhe estava a ser dada. Mas tudo nela parou nessa altura. A terra deixou de girar. A lua desapareceu. O calor tornou-se gelo. Respirava fundo. E os pensamentos invadiram-lhe o ser. A cabeça pedia para fazer uma coisa e o coração mandava o oposto. Menina insegura. Menina fria. Menina orgulhosa. Menina apanhada de surpresa na tangente do mundo. Apanhada na rede de um bandido que a sabia levar. Ele estava decidido a lutar contra esse orgulho e essa frieza. Ele estava mais que decidido em conseguir fazer derreter o gelo e quebrar o medo e o orgulho. Queria vencer com a coragem dela. As coisas que ele dizia provocavam-na! O ar de cachorrinho abandonado e de tristeza por ela não tomar o controlo de si mesma. Ele por teimosia já não agia. Doce instante em que ele baixava a cara, triste, decepcionado, já não conseguia olhar para ela. A menina não tinha alternativa, embora goste de jogar pelo seguro, neste momento ou jogava as escuras ou perdia. E perder sem tentar não é mesmo o lema dela. Assim diminuiu os 35 cm que os separava e encostou a cabeça ao ombro dele. Depois perguntou-lhe ao ouvido Se eu o fizer prometes que não ficas mais triste comigo?, ele abanou afirmativamente com a cabeça, ela deu-lhe um beijo na bochecha, ele aí ajudou e virou a cara para ela. Assim começou uma história que ela sonhava mas que nunca procurou.

#165 Fragmentação

Fragmentos
Da solidão
Do sonho
Pedaços de mim
O que fui
Penetrante
Lembrança
Deixa-me louca
Demorada sensação
O querer voltar
O precisar seguir
Uma olhadela
Um sorriso triste
Uma vontade

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

#164 Se choro...

Hoje não dá mais, não consigo, estou fraca e perco-me na desilusão. Estou magoada, deixei-me enfraquecer desta maneira porque não me sabes valorizar ou não deixo que me valorizes. O meu ego descultiva-se, o meu eu transforma-se em cinzas, deixo de sorrir, agarraste o ponto mais frágil e não suporto o que estou a sentir. Descondiciono o ser que sou. Fraco coração que não arranjou a força nem a protecção. Chego à conclusão que se estou a sofrer a única culpada sou eu. Fui eu que dei a segunda chance a mim mesma, fui eu que me deixei iludir, fui eu que achei que podias ser diferente, fui eu e só eu! Se choro hoje, a culpa é minha! Nada posso fazer! Quero desaparecer, quero nunca ter existido ou simplesmente deixar de acreditar!!!

#163 Obrigada!

Sentas-te ao meu lado, possui-te um gesto que me é familiar. Observo! As tuas mãos envolvem suavemente a chávena do leite a procura de um calor reconfortante. As minhas também se deixam levar por esse gesto e sinto a nossa afinidade a ser alimentada por um simples comum tocar. Uma pequena acção, um pequeno toque que fez a diferença, é um segredo ainda não desvendado e é mais um pedacinho de ti em mim.
Sei que somos muito diferentes. Sei que somos o oposto. Sei que o meu liberalismo entra sempre em confronto com o teu tradicionalismo. Mas conseguimos criar uma relação de excelentíssima cumplicidade, de mutua ajuda, de máximo respeito e adorável aceitação, porque no fundo temos os mesmos sonhos, as mesmas metas, os mesmos objectivos, valorizamos os sorrisos e caminhamos em cima da recta que achamos que nos vai levar ao ser feliz. Trocamos promessas por segredos e reticências por exclamações, até conseguirmos mudar a cor do céu.

Somos ambas frias no primeiro contacto, antipáticas na primeira impressão, fugitivas para esconder fraquezas, orgulhosas nas maldades, vingativas divinas nas traições, cautelosas na confiança, amarguradas em certas voltas da vida, revoltadas nas injustiças e únicas ao nosso estilo.

Somos dedicadas ao que amamos, simples nos sorrisos mesmo que estejam tristes, humildes nas amizades, sonhadoras no amor, iludidas por fadas, acreditamos em princesas e (não) príncipes, encantadas pela vida, apaixonadas por música, graciosas no olhar, activas nas metas e objectivos, unidas pelo cor-de-rosa, viciadas em lingerie em relógios em roupa em verniz e até em mar, cativantes na humildade, largamos diz que disse, não nos importam os fracos que vivem da inveja, personalidades forte e muito diferentes, perdidas a dançar horas a fio, somos únicas à nossa maneira, somos felizes à nossa maneira, somos nós mesmas sem nos importarmos!

Dou-te conselhos! Nunca os segues!
Dás-me conselhos! Nunca os sigo!

Faz de nós mais do que cúmplices.
Faz de nós mais do que colegas.
Faz de nós boas amigas.

Obrigado por tudo o que tens feito por mim!
Obrigado pelas conversas e desabafos!
Obrigado pela amizade!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

#162 Mejor amiga

Nosotras somos tan diferentes...
Nosotras somos el cambio una de la otra...
Quizás sea eso que nos acerca a cada momento, tenemos sueños hace 7 años que no hemos podido cumplir hasta el día de hoy.
Quizás sea una caracteristica nuestra, la mayor razón de la complicidad y del afecto. Somos eternas niñas. Tenemos deseos, metas y objetivos según lo previsto pero aquellos que nunca fueron a nuestras cabezas nos han hecho como somos hoy. Gracias por todo! Sigues siendo mi mejor amiga y nunca pero nunca dudes de como yo te quiero!!!

#161 Momentos

Vejo que não sou para ti
Sinto estilos e cores
Revejo-te no vidro
Estremece-me o coração
Os pensamentos confundem-me
A alma grita
Silenciosamente
Gosto da tua companhia
Olho a chuva miudinha
Leve brisa abana árvores
Folhas velhas batem no carro
A tua voz torna-se melosa
O teu sorriso melodia
Não sou nada
Perco-me facilmente.

#160 Filha do mar

Lembra-me quando o sol me esquecer!
Prende-me quando as nuvens me soltarem!
Acalma-me quando a terra me assustar!
Segura-me quando as ondas me levarem!
Levanta-me quando as pedras me fizerem cair!
Agarra-me quando o vento me levar!
Puxa-me quando a areia me enterrar!
Seca-me quando a chuva me molhar!
Sorri quando o fogo me fizer chorar!



Escrevi isto quando ainda me chamavas hija del mar, quando o meu mundo girava para ti, quando o meu coração tinha o teu nome e quando invadias os meus sonhos.
Escrevi isto quando ainda vibravas com os meus erros de portunhol, quando brincavas com a minha pronuncia e sorrias quando me ouvias falar o idioma que me corre nas veias.
Escrevi isto quando acreditava em nós mesmo quando a vida nos virava as costas, quando eras para mim o mais que tudo, quando éramos livremente inocentes.
Escrevi isto quando a desilusão não fazia parte do vocabulário, quando as lágrimas apareciam cheias de amor, quando o toque era pura magia.
Agora - neste preciso e exacto momento - admiro-te por tudo o que passámos, reconheço-te por teres sido o meu grande mestre e tudo o que me ensinaste, recordo cada olhar e cada malandrice, agradeço-te por me fazeres acreditar o que há muito tinha perdido e que por medo não queria viver.
Não sei se mais alguma vez haverá oportunidade de confronto real, não sei o que o destino me reserva, não sei que caminho vou escolher mas está mais que certo aquele que tu escolhes-te e não sou eu que te vou fazer parar. Mesmo que me dês esse poder não o vou usar. Não faz sentido. Não o quero. Seguirei o meu caminho mas podes ter a certeza que comigo guardarei o teu carinhoso hija del mar.
Podes ser passado, podes ser desilusão, mas és também admiração e cumplicidade!

#159 Mais uma vez, tu!

Esqueci-me por momentos de um passado mal resolvido e sem escrupulos que levou um pedaço do meu mundo.
Esqueci-me que o amor faz sofrer, que a saudade traduz-se em coração, que a paixão pode ser mera ilusão, que o desejo mora ao lado, que a cumplicidade nasce quando menos se espera, que o jogo tem dois finais, que as melodias marcam minutos, que um sorriso tem uma força inabalável, que uma palavra muda o sentido do mundo e são os gestos que o fazem girar.
Esqueci-me das duas mil quatrocentos e cinquenta e nove lágrimas que já derramei por isto tudo e voltei a desejar passar pelo mesmo mais uma vez.
Acreditei que a vida não faz sentido sem nenhuma destas coisas, que sem elas não vivemos apenas sobrevivemos.
Sei que já perdi muito tempo a sobreviver apenas, sei que continuo a ter medo, sei que muitas vezes sou fria, sei que muitas vezes fugi para não sofrer e sei que sou insegura. Mas acreditei! Mas olhar-te por instantes fez-me abstrair desses fantasmas. Ouvir-te torna-me imperfeita ao ponto de gostar de o ser. Não sei que efeito tens em mim. Acho que ainda não quis perceber qual é (talvez por medo), o certo é que não te esperava. Mas embora tenha que admitir que até gosto muito da tua presença e que faz-me bem falar contigo, muitas vezes sinto que não vales a pena!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

#158 Gritos

Gritos
Roem o interior
Rompem o coração
Quebram o olhar
Magoam os sentidos
Invadem todo o meu ser
Gritos Silenciosos
Fechados no interior
Quero um lugar
Solitário
Onde seja só eu e as estrelas
Para gritar
O que não posso
O que não posso
O que não posso

#157 Azul

O mundo, é do tamanho do meu azul. Azul, rei e senhor dos sonhos mais perdidos num fundo horizonte. Mundo em que me perco, onde renasço, como uma estrela que brilha infinitamente à espera do nada, sempre sorridente porque acredita que o sorriso é tudo e serena como um arcanjo. Embalada na esperança que teme perder, a fugir da solidão que é do que mais tem medo, a querer voar para poder ver muito mais coisas do que pode, a sonhar mesmo que sejam esses sonhos ingénuos que a vão matar. Porque eu sou o que o meu azul constrói. Porque eu tenho o que o meu azul me dá.

#156 Mundo interior

Quando te sufoca
Quanto te impede
Quando te abafa
Quanto te asfixia
Quando te amarra
Quanto te agarra
Quando te enclausura
Quanto te prende
Quando te assusta
Quanto te aterroriza
Quando te apetece
Quanto te pretende
Quando te atroa
Quanto te perturba
O mundo lá de fora
Que se exprime
Vive em ti
E não o consegues soltar!

#155 Se partir

Há quem diga que sim
Não sei se espero isso
Algo de subconsciente
Fala por mim
Afirma
Mas a duvida persiste
Consiste
Em mim
Confuso?
Para mim não
É claro
É lúcido
É sentimento
São sentimentos
Sou eu
E se partir?
Talvez valorizes
O que tinha para te dar
Pede para que nesse dia
Não seja tarde demais!

domingo, 4 de janeiro de 2015

#154 Boneca de trapos

Não quero ser uma substituta, não quero ser um esconderijo para horas vagas, não quero ser um objecto nos teus bons momentos, não quero ser uma sombra, não quero lutar com um fantasma do passado, não preciso de ti quando te apetece, não sou uma escapatória para algo que não me deixas decifrar, não sou uma marioneta e não preciso de bocadinhos.
É impossível! Ninguém consegue lutar contra sentimentos próprios, quanto mais com os dos outros.
Sabes o que me fizeste sentir? Que me fez agarrar em tudo o que já me tinham dito e assumir que tinham razão? Que me fez ouvir palavras e conselhos preciosos de pessoas que merecem toda a atenção? Que me fez querer desistir de tudo? Que me fez perceber que preciso muito mais de mim do que de ti? Que me dói muito mas que com o tempo passa? Que me fez pensar que afinal eu não era nada? Que me fez concluir que só merece ser prioridade quem me trata como tal? Que me pôs a pensar longe de tudo e todos? Que me agarrou aqueles portos-de-abrigo? Que me fez percorrer quilómetros só para sentir o cheiro da minha terra, do meu mar e o toque da minha areia? Sabes...?
Fizeste-me sentir uma boneca de trapos!

#153 Dança dos sentidos

Vou tirar o som dos telemóveis, desligar a ficha do telefone de casa, não vou navegar intensamente na Internet e apenas ver os emails mas recuso-me a responder a qualquer um que seja, vou escolher uma playlist cheia de reggeaton, samba, kizomba e hip hop, vou aumentar o volume até não se ouvir a campainha, vou expressar todos os meus sentimentos através do corpo estranho que é o meu em frente ao espelho, vou libertar a fúria que se instalou em mim, vou soltar a revolta e ganhar asas! Não quero estar para ninguém, acho até que não mereço ninguém, não estou com paciência, não estou capaz e muito menos serei boa companhia. Não vale a pena insistir. Hoje não dá mais! Não quero saber se há alguém preocupado comigo. Não acho que alguém se importe de como é que eu estou, não quero acreditar que seja por esquecimento mas apenas por não terem tempo. O mundo hoje não tem tempo!

#152 Para sempre

As lágrimas mancham a tinta verde do papel, hoje nada dá-me vontade de viver, hoje o mundo é um nada, hoje eu sou um nada, hoje não me apetece falar nem com as pessoas que mais quero, hoje a nuvem cinzenta sobrevoa o meu telhado e todas as teorias físicas e filosóficas deixam de ter sentido. Penso, repenso... Há dez anos que o meu mundo não é redondo e gira de repente sem tempo para o segurar. Há dez anos que vivo este martírio entre a loucura e a sobrevivência. Há dez anos que sinto a tua falta imensa, única e perfeita cumplicidade. Aprendi a viver dia-a-dia, a não olhar para o futuro e fugir de fantasmas do passado mas contigo não dá porque embora me tragas este problema todo que tenho há tanto tempo és o meu melhor porto-de-abrigo, a minha maior crença e a estupenda força de acordar mais um dia. Sinto a tua falta... Sentimos a tua falta... Para sempre contigo!*

#151 Não me deixes apaixonar!

Confundes-me até mais não. Tentei fingir que não és importante e que nada significas mas creio que só me enganei a mim mesma. Não quis aceitar. Não posso aceitar. Porque não me diz que seria bom. Tens atitudes que se contradizem. Tens um feitio estranho e controverso. Quem te fez assim? Porque és assim? Não sei, acho que agora pouco importa. É curioso... Tens tudo o que eu abomino, tudo o que eu não gosto, tudo o que me irrita e tudo o que me afasta. Não consigo decifrar-te, descobrir o teu "ADN" emocional, que tipo social és ou mesmo anti social. E ainda assim não me sais do pensamento. Sei que temos uma vivência comum e voltar a encontrar-te despertou aquilo que estava adormecido faz anos, mas eu mudei e tu mudaste. Não temos mais a nossa ingenuidade de desvendar o mistério das borboletas na barriga. Já não somos crianças inocentes. Acredito, hoje, que não faço o teu estilo (não faço o de ninguém mesmo) e que não sejas para mim o que mais estimo. Por isso só te peço uma coisa... Já que o meu coração é senhor de mim, a cabeça é quem mais me trai e não posso mandar no ser que sou, por favor não me deixes apaixonar!

sábado, 3 de janeiro de 2015

#150 Alma sem cabeça

A cabeça persiste
A alma desiste
É ambição para uma
É poço para outra
As borboletas pousam
A esperança quer ficar

A cabeça deixa
A alma rejeita
É gelo para uma
É cansaço para a outra
A tensão diminui
O amor é irreal

A cabeça é crença
A alma pensa
Drama para uma
Mudança para a outra
O coração balança
E deixa-se ficar!

#149 Ai amiga!

Jamais me passou pela cabeça, quanto mais ouvi-lo de ti! Vou gritar-te as vezes que forem precisas, vou abanar-te até chocalhar essa cabeça tonta, vou embirrar até te abrir o coração, vou soprar até secarem as tua lágrimas, vou cantar a nossa melodia até perceberes que é uma parvoíce e que tudo o que és para mim e tudo o que sou para ti faz inveja a milhões de pessoas que dizem não entender. Não és uma pessoa forte, escondes uma fragilidade grande e uma sensibilidade ainda maior mas nada disso consegue ser defeito, mal ou perigo. És única à tua maneira e não tens de mudar por este ou aquele pensamento que supões que possa existir sobre ti. És valiosa e não há valor igual nem mais importante no meu pequeno coração. És motivo de orgulho e seja como, onde e quando for serás para mim a melhor de todas e estarás sempre à frente de qualquer outra. És doce e que me importa a mim o resto se quando mais precisei tiveste sempre! Aceito-te como és desde o inicio. Não precisas pedir, estarei sempre por perto. Não precisas agradecer, é amizade. Não precisas retribuir, és a minha melhor amiga. Os teus problemas são mais importantes que muitos dos que eu possa ter. O que te faz mal toca-me de forma pessoal como se me tivessem a atingir a mim. O que te deixa mal torna-me mais forte ainda para te conseguir segurar e não permitir que desistas. Porque por mais fraquezas que te deiam nunca te quero ver dada por vencida, nunca! Não quero mais ouvir essa história do Não te quero chatear com os meus problemas... quero ser parte deles para que possa agir para ti e lutar emocionalmente para te ver no topo, como muitas vezes fizeste por mim recordas-te? São 7 anos amiga! De cumplicidades vivemos, de amizade as alimentamos, de zangas que nos fortaleceram, de ausências sentidas, de presenças reconfortantes, de sonhos comuns, de amores curados, de sorrisos contagiantes, de obstáculos vencidos, de musicas que nos marcaram, de metas alcançadas mas principalmente de abraços que nos obrigam a levantar e seguir. Ainda te sentes a pior pessoa do mundo? Ainda tens força para desistir? Bem me parecia!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

#148 O que sou para ti?

Cheguei a pensar
Que podia ser diferente
Sonhei
E quis deixar-me levar
Acreditei
E quis sentar-me numa nuvem
Algo que quis
Ou que quero
Mas,
Algo que pode tornar-se uma ilusão
Mas que ano me apetecia sentir isto como tal
Acabei de sarar a ultima ferida
A ultima ilusão
Não sei se suporto outra
Isto que nada simples tem
És estranho
És confusão
És instabilidade
És uma liberdade que me aprisiona
Não consegui entender ainda
Mas tentei
Não o máximo
Mas o suficiente
Para decidir
Para ter certezas
Não creio se valerá a pena
Vou pontuar o texto
Vou abrir a porta da gaiola
Vou olhar para o céu e respirar fundo
Não tenho a força para correr até ti
Não tenho a coragem que me fará seguir-te
Nem sei até se o que dizes é verdadeiro
Por isso há coisas
Que precisam de um ponto final
Para que não hajam perguntas sem resposta
Para que não hajam duvidas
Nem que isso traga dor
Nem que possa ferir-me
Quero que sejas honesto
Quero o que sou para ti!

#147 Chuva

Cheirinho bom
Chuva que cai
Arrefece-me o corpo
Sensação que aconchega
Deito-me
Dou-lhe o meu ser
Para que o lave
E peço tanta coisa
Ao senti-la
Próxima
Gotas
Gotinhas
Aguada
Junto as mãos
Quero enchê-las
Agua divina
Naturalidade
Para afogar nelas
A face que é minha
Para despir e deixar levar
Os sonhos que são meus
Para apagar e esquecer
Pozinhos que magoam
Para humedecer e clarificar
Um coração que bate em mim
Para encharcar a casa
Dos medos que sou eu
Chuva
Molha-me a alma
Aqui deitada para te sentir
E leva o que está a mais!

#146 Esperar até desistir

Esperei por ti
Num lugar onde sabia que não vinhas
Tive esperança
Tive ilusão
Tive sonho
Eu tentei
Eu lutei
Mas cansei-me
Joguei
Arrisquei
Nada ganhei
Nada perdi
Fugi de ti
Para que pudesses seguir-me
Não o fizeste
Não o cumpriste
Desisti
Por querer-te
Desisti
Por sonhar-te
Desisti
Por ser irreal
Talvez um dia
Quem sabe
Por agora
Sou imperfeita demais
Na tua perfeição
Ou será que
Na tua imperfeição!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

2015

Grito, quero sorrir diferente.
Solto, quero libertar-me.
Sinto, quero precisar mais de mim.
Sonho, quero novas razões.
Penso, quero esquecer tanta coisa.
Canto, quero mostrar-vos simplicidade.
Cheiro, quero sentir cumplicidade.
Olho, quero mirar o mundo.
Alcanço, quero mais metas.
Realizo, quero ser valorizada.
Toco, quero aquele horizonte mais além.
Fujo, quero apagar memórias.
Guardo, quero levá-los comigo.
Abraço, quero que sintam o meu calor.
Calo, quero ouvir um silencio.
Sofro, quero sarar feridas.
Dou, quero ver sorrisos nos lábios.
Preciso, quero ser sonhadora.
Ganho, quero aquela força enorme.
Acredito, quero ter esperança.