sábado, 10 de janeiro de 2015

#174 Borboleta

Não te consigo culpar. Não sou ninguém para te julgar, condenar ou criticar. Os gestos ficam com quem os faz e contra isso nada posso fazer, todos temos telhados de vidro e para quê apontar-te defeitos? Isso não os tira de ti. Para quê falar nos teus fantasmas do passado? Se eu também tenho os meus. Para que tocar nos teus medos? Se não toco nos meus.

Quanto a mim, sou um alguém que voltou a acreditar quando já pensava nunca mais ver uma única luz. Uma borboleta que partiu as asas à muito tempo atrás e não conseguiu voltar a voar, que se deixou enfraquecer numa insegurança incalculável, num turbilhão de sentidos sem nenhum em concreto, um ser cheio de recordações e que um dia atiraram para o fundo como se nada valesse, como se fosse o ser mais fraco do mundo. Ela convenceu-se disso! Por todo esse tempo a borboleta ficou sentada, cheia de feridas e simplesmente limitou-se a sobreviver. Mas um dia parou, decidiu colar as asas e reaprender a voar para um dia conseguir dizer Eu levantei-me sozinha e assim o fez. Hoje e depois de ganhar uma nova desilusão ficou com um medo terrível de cair de novo no que era, mas o seu subconsciente enganou-a e hoje sem saber bem como nem porquê sente uma vontade de se erguer e seguir viagem, sem magoa e sem rancor.

Ela no fundo ainda acredita na paz!

Tudo o que precisa é de sorrisos bonitos e sinceros. Tudo o que ela precisa é que a contagiem com sentimentos de bondade e simplicidade. E não das lições de moral, dos puxões de orelhas e das criticas. Deixou-se iludir e depois? Cometeu um crime? Não... Errou? Sim, mas sempre ouvi dizer que aprende-se com os erros.

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