sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

#147 Chuva

Cheirinho bom
Chuva que cai
Arrefece-me o corpo
Sensação que aconchega
Deito-me
Dou-lhe o meu ser
Para que o lave
E peço tanta coisa
Ao senti-la
Próxima
Gotas
Gotinhas
Aguada
Junto as mãos
Quero enchê-las
Agua divina
Naturalidade
Para afogar nelas
A face que é minha
Para despir e deixar levar
Os sonhos que são meus
Para apagar e esquecer
Pozinhos que magoam
Para humedecer e clarificar
Um coração que bate em mim
Para encharcar a casa
Dos medos que sou eu
Chuva
Molha-me a alma
Aqui deitada para te sentir
E leva o que está a mais!

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