sábado, 29 de novembro de 2014

#109 Ponto Final

A desilusão e tristeza comeram tudo o que restava de nós. Nada sobrou e já não consigo acreditar mais. A esperança desfaleceu, a minha crença voou e levou toda a minha atitude com ela. Avisei tantas vezes, mais cedo ou mais tarde não seguraria isto. Dói? Dói muito... Ninguém pode dizer que a vida é fácil e que o amor não magoa. Sonhos? Já quase não sei o que é isso. Não lutei. Não lutaste. Quando te virava as costas esperava que viesses atrás de mim, mas nunca o fizeste. Quando partias, deixava-te ir sem conseguir chamar uma vez que fosse pelo teu nome. Tempos de esperança, tempos de expectativa, tempos de amor, tempos de dor, tempos que não voltam e tempos que deixaram marcas enormes. A tua arrogância. O meu orgulho. A tua simplicidade. A minha timidez. Nada foi superado. Erramos. Não errei só eu, não erras-te só tu. Tenho a consciência que foi um erro a dois, um erro de fracos que não conseguem descomplicar um amor instável. Um erro cheio de barreiras, de obstáculos e metas falhadas. Um ano de sufoco. Um ano de paixão intensa onde tu não te entregas-te e eu não me consegui libertar dos meus fantasmas. Um amor que me fazia bem. Que me ensinou que depois de uma relação falhada sempre se pode voltar a amar na mesma intensidade, mas que tinha o fim traçado muito antes de começar. Quer o destino que os nossos caminhos se tracem perpendicularmente mas que nunca nos possamos tocar. É triste. É duro. Mas cai na asneira de nunca te dizer o que sentia e de nunca ouvir o que sentias. Tropecei na verdade. Balancei nos nossos mundos. Não acreditei desde o inicio. Aventurei-me num desconhecido já com estradas feitas. Nunca disse o quanto te queria. Nunca disseste o que querias. Terminou! Estou cansada! Ponto Final.

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