terça-feira, 30 de dezembro de 2014

#136 O que dizem de ti

Não sei dizer. Não sei explicar. Mas acontece sempre isto, sempre. Falo pouco de ti, ouço muito a teu respeito, penso muito em ti e ninguém sabe. Às vezes penso se não será ilusão, mas como o nome indica é um sentimento que passa com desilusões e por mais que me deiam motivos para que tal aconteça nenhum deles muda o que sinto. Por mais sonhos perdidos, não acaba a admiração que tenho por ti. Por mais defeitos que possam dizer que tens, nenhum deles é suficiente para mim. Por mais que saiba que faça o que fizer não voltas, não consigo guardar rancor. Por mais distantes que os nossos mundos possam estar, és um fim. Por mais que me mostrem derrotas, faço de ti um mestre. Podia ser obsessão, mas não é porque não mudei a minha vida em torno de ti e segui-a como devido já que mundo não pára. Não percebo. Vejo-te como um zahir inalcançável, um estrela longínqua, um farol perdido, um sonho platónico. Mas o que fazer quando me fazes bem e ao pensar em ti, embora sinta que me fazes imensa falta, consigo ver as cores do dia e lutar por ele. O que fazer aos rumores, boatos ou até mesmo certezas? Se não consigo ver o mesmo que os outros? Sei de ti uma pessoa que muitos poucos (ou ninguém) sabem. Idealizei-te. Imaginei-te e quase que sinto certezas de ser uma realidade. O que demonstras ser não se enquadra em muitas atitudes. A rebeldia. A humildade. A adrenalina. O cavalheirismo. Se sei quem és. Se sei o que és para mim. Ninguém sabe o que é admirar uma pessoa. Ninguém perceberia o que digo. Ninguém gosta da palavra sempre. Guardo-te em mim como uma preciosidade rara, que apenas só revelei uma vez a um alguém que é a minha confiança máxima, mas nem esse alguém compreende. Mas deixei de falar de ti. Invito-te. Fujo de ti. Olho para ti de um esconderijo. E apenas só aqui sei que existes tal e qual como eu te conheci, tal como és no meu pensamento. Se és falsidade. Neste momento já não importa. Já estás cá dentro como um grande desvio. Já és um intruso a quem estendi a Red Carpet. Já fazes parte de mim como uma boa recordação. Uma lembrança que não quero esquecer. Mesmo que ninguém consiga entender. Vives em mim. E eu guardo-te em nome do silencio.

Sem comentários:

Enviar um comentário