domingo, 24 de maio de 2015

#296 Soube de ti

Soube de ti. E saber de ti, hoje, foi o peso maior que me tiraram do coração. Não um peso de consciência mas de revolta por quem és. Saber de ti foi libertar-me para sempre do teu fantasma e não ter medo de voltar a voar. Deixaste as terras que nos cruzaram, deixaste o ar mais saudável e deixaste-me um sorriso nos lábios. Quantas vezes passei pela praceta onde moravas e metia prego a fundo, só para o meu olhar não encontrar o teu. Quantas vezes quando ia buscar a minha BFF pedia-lhe que viesse ao fundo da rua para não ter aquela vontade de tocar na tua campainha e partir tudo o que fosse teu. Fizeste-me mal, brincaste com os meus sentimentos, gozaste comigo, achaste-te sempre superior a mim, fizeste-me acreditar que era eu que estava errada e eu, tonta, deixei de sonhar e de acreditar. Enganada estava. Pensei em vingar-me. Desisti da ideia e pôs a tua sorte à mercê de Deus. Porque perfeitamente acredito que Ele não dorme e mais cedo ou mais tarde irá dar-te a recompensa. Soube de ti. Soube que estás bem longe daqui a viver e a trabalhar. Estás na zona para a qual exigias ir. A unica que achavas que era a 'boa' zona e não aceitavas possibilidades de haver outras... Saber de ti teve um gosto a amargo e azedo mas ao mesmo tempo irónico e elegante. Uma liberdade que hoje faz todo o sentido tocar. Um liberdade que diz-me que posso avançar.

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