sexta-feira, 13 de março de 2015

#287 Coisas que se aprendem com o tempo

Porque li este texto e percebo que foi a melhor decisão. Não entendo a tua mudança na maneira de ser e esse lado negro sem uma ponta da humildade que te abrange agora. Nunca o irei perguntar, nem perceber e sei que se encerrou o capitulo. 

«Durante muitos anos seguimos-nos como uma religião. Tu eras a minha força e eu a tua. Chorei com os teus problemas, sorri com as tuas vitórias. Foram 8 anos de amizade que deixamos estragar. Eu compreendi, perdoei, esperei, desculpei, aceitei e até fingi não perceber determinadas atitudes. Tornei-as insignificantes ao pé da amizade que eu achava que ainda existia entre nós. Eras a minha melhor amiga, foste a minha melhor amiga durante estes últimos anos. Mas o que é ser uma melhor amiga? Durante a adolescência juntamos estas duas palavras como se fossem uma só e percebemos que o significa é muito mais do que meia dúzia de confissões e de dezenas de sonhos espalhados num tapete como se de jogos se tratassem. Hoje vejo que a amizade para ser verdadeiramente forte tem de completar-se, tem de ser cúmplice, sublime e tem de ser dar-receber sem nada pedir. Afastaste-te de mim, excluíste-me da tua vida como um cachorro que deixou de ser fofinho. E eu fui adiando, não liguei a isso. Porque sabia bem que estavas com problemas gigantes entre as mãos e não ia provocar mais abalos em ti. E as verdadeiras amizades sentem-se quando mesmo depois de estarem afastadas e sem se verem todos os dias, semanas, meses ou anos... Quando estão juntas, woooh o ''há vontade'' é igual. Quando nada muda, os sorrisos e gestos continuam a ser os mesmos e o carinho ainda é maior porque a saudade aproxima. Como se explicam as minhas amizades que tenho ainda hoje depois de quilómetros a separarem-nos. E assim, deixei de existir para ti. que estás a tão menos de 10 km de mim. E assim, ao ouvir o Jon Bon Jovi a gritar bem alto It's my life, it's now or never eu senti um arrepio na espinha que me percorreu até aos olhos. Ontem, foi o meu aniversário e o que tu fizeste? Nada, absolutamente nada. Esqueceste-te! Com a mesma desculpa dos problemas que há muito deixaram de me dizer respeito. Nem uma simples mensagem, nem uma simples confirmação ou recusa do convite para o jantar. Simplesmente, nada! Nessa altura percebi porque me arrepiei, até achei que era por o Jon estar bem bom para a idade, mas não era. Foi uma preparação para a decisão de avançar sem ti. Escolhi o agora, escolhi pensar em mim e seguir sem rancores ou pensamentos. Porque eu sei que enquanto durou a amizade valeu a pena, também sei que não foi por nenhum erro meu e nem por minha culpa. A final, eu esperei... Unicamente, cansei-me e aqui fica a marca do ditado quando dizem ''que pode ser tarde demais''. A vantagem de se fazer 25 anos, é ter tempo para pensar em como a idade de prata nos deixa ver a vida de uma outra perspectiva e fazer selecções para as direcções que mais nos valorizam, para podermos valorizar essas mesmas pessoas que nos sorrirem com o coração.»
03/Ago/2011

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