O céu estrelado brilhava com doçura, a lua cheia com grande intensidade iluminava cada um que passava nas ruelas, na cidade o cheiro a lareiras confundia-se com o frio, as luzes de natal aqueciam os corações por todo o lado, a gente que passeava pela avenidas tinham passos calmos e sorrisos tímidos do cansaço estampado no olhar, os meus últimos retoques eram como uma bênção para que tudo corresse bem, o brilho e glamour eram elementos que não podiam faltar numa noite em que promessas não faltavam! Como uma verdadeira princesa, o (não) príncipe encantado especial já a esperava, ouviu palavras que muitas vezes só se ouvem em filmes Disney ou até mesmo só em Hollywood, mas naquela noite ouviu e encheu-lhe o ego como se de uma Cinderela se tratasse! A entrada no (não) castelo para o (não) baile era de verdadeiras estrelas de cinema, estava cheio de (não) princesas e (não) príncipes!
Uma noite que por segundos nos faz sonhar, ir mais alem do alcance dos olhos!
Uma noite perigosa onde a ilusão preenche cada conversa, cada olhar, cada gesto e cada toque!
Uma noite onde cada um pode ser o que quiser, ser a sua própria superstar e esperar que mais uns quantos pensem isso também, ser uma sombra do que é todos os dias, ser um pedaço de exuberância, ser um jogo de conveniências ou até ser o mesmo de sempre...
Hoje tudo é nos permitido desde que levemos um toque de magia, de brilho e de glamour.
A princesa apesar dos ferros trazia um sorriso sempre confiante, confiava na sua sensualidade e em toda a magia daquela noite. Conversas com amigos, simpatias, fotos encantadoras, alguns copos há mistura, belezas e muita dança não faltaram. Todos os pormenores entre a tradição e a modernidade estavam lá instalados.
Como um verdadeiro conto de fadas transportado aos tempos modernos a princesa não foi embora às doze badaladas, mas sim as quatro badaladas!
A magia estava a perder-se aos poucos, o encanto desmoronou no momento de partida e o sonho estava quase completo não fosse a princesa não ter perdido um dos seus sapatos de verniz, não tivesse saído a correr, o (não) príncipe especial não foi atrás dela, o carro não se ter transformado numa abóbora e ficou apenas a lembrança de uma noite de sonho e a fada madrinha - sim, eu acredito que tenho uma - para guiar todo o percurso até ao seu humilde (não) castelo!
Mais uma noite memorável, que desta vez correu bem! E cá está a (não) Cinderela especial transformada em mim e com sonhos de menina voltando há realidade de uma jovem com pensamentos de mulher!!!
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